CRISES FEDERAIS NO CEARÁO momento do Governo Federal em relação ao Ceará é o pior possível. Além da refinaria adiada, há a crise do Banco do Nordeste. E, segundo informou o deputado Welington Landim (PSB), as obras da transposição do São Francisco estão completamente paralisadas no Estado. Na Assembleia, Welington falou que não há sequer um operário trabalhando na obra em território cearense. CONTRADIÇÕES DO PODERA coluna tratou ontem das chances eleitorais de Heitor Férrer (PDT) e Renato Roseno (Psol). São, em tese, os nomes mais talhados para se tornar fenômenos eleitorais. Mas, como mostrado, eles precisarão convencer o eleitor da capacidade de administrar. Sobretudo, de lidar com as contradições inerentes ao poder. E mostrar que podem montar boas equipes. O Psol, como partido, não tem experiência de gestão. Teria dificuldade, sobretudo, para agregar uma base de apoios na Câmara Municipal, sem violentar o purismo que tem como princípio. O PDT até tem experiência, mas Heitor não é o partido. Sua atuação é muito pautada em na conduta e na opinião individuais. Para governar, precisará montar um grupo. O PT era alvo da mesma desconfiança. Houve o trauma com Maria Luiza, em Fortaleza. Em São Paulo, com Luiza Erundina, o desempenho não foi dos melhores. Depois, outras experiências - Porto Alegre (RS) em particular - ajudaram a cunhar a imagem um tanto marqueteira do “modo petista de governar”. Psol e, pessoalmente, Heitor têm ainda o desafio de superar tal barreira.