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Adversários do prefeito Roberto Cláudio (PDT) já se articulam com partidos de oposição para disputar o processo eleitoral que se avizinha, em outubro.
Em reunião com o deputado estadual Heitor Férrer (PSB) na semana passada, os tucanos Tasso Jeiressati e Carlos Matos apontaram que o partido deve seguir uma opção entre três: lançar candidato próprio, apoiar Heitor ou Capitão Wagner (PR).
Deputado estadual, Carlos Matos disse ao O POVO que, nos próximos dias, a sigla deverá organizar encontros com o presidente estadual da legenda, Luiz Pontes, e com o senador Tasso para analisar a conjuntura local e deliberar sobre as alternativas na mesa. A previsão é que os tucanos decidam que rumo tomar entre fevereiro e março.
Opção por Heitor
Visto como um nome “simpático” pelo PSDB, o socialista e pré-candidato à prefeitura de Fortaleza Heitor Férrer busca se aproximar do senador tucano, a quem já fez seguidos elogios publicamente.
“Fomos atrás do PSDB porque temos muito respeito pelo senador Tasso Jereissati. No PSB, temos mais tempo de televisão que no PDT e vamos tentar conversar também com o PPS”, disse Férrer.
O PMDB, que ainda não decidiu por candidatura própria, também é alvo de Heitor para uma possível aproximação.
O deputado acredita que Roberto Cláudio deverá chegar ao processo eleitoral deste ano fragilizado politicamente. “O prefeito tinha o apoio do PMDB e não tem mais. Roberto Cláudio tinha o apoio do governador, mas poderá não ter se o PT tiver candidatura própria”,analisou.
Aproximação
Presidente estadual do PSB, o deputado federal Danilo Forte disse que a conversa com os tucanos foi “muito madura e baseada na busca da construção de uma unidade de segmentos da oposição” no Brasil e no Ceará.
Danilo Forte afirmou ainda que a legenda tem buscado dialogar com correntes partidárias que fazem oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff nacionalmente. Segundo ele, o PSDB é o partido com o qual as conversas estão mais “avançadas”.
Forte criticou a administração municipal, ligada aos irmãos Ferreira Gomes, quando afirmou que o governo RC tinha preocupação apenas com o “lado rico” da cidade e que Fortaleza é uma das cidades mais violentas do Brasil, principalmente por falta de “oportunidades aos jovens”.