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Deputados cobram mais ações contra crise em centros socioeducativos - QR Code Friendly
Quarta, 11 Novembro 2015 07:48

Deputados cobram mais ações contra crise em centros socioeducativos

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  A crise enfrentada atualmente pelo governador Camilo Santana (PT) poderia ter sido evitada. É o avaliam alguns deputados estaduais, que acusam o Governo do Estado de ter feito “ouvido de mercador” diante da situação dos centros socioeducativos. Eles também consideram insuficientes as medidas anunciadas na última segunda-feira, 8, para conter a instabilidade. LEIA TAMBÉMConfronto das ideiasSegundo eles, não foi por falta de aviso, relatórios de entidades especialistas na área, audiências públicas e até pedidos para o governo decretar estado de emergência que a condição dos centros transformou-se em crise. Tema de pronunciamentos de deputados na sessão de ontem na Assembleia Legislativa, rendeu comentário até de Ivo Gomes (Pros), irmão do ex-governador Cid Gomes (PDT), aliado de Camilo. “Lamento muito dizer que essas medidas são importantes, mas elas não passarão de mais uma estopa tentando enxugar um chão em cuja parede há uma torneira gigantesca jorrando água a todo momento”, declarou o deputado. Críticas mais incisivas ao plano foram feitas por Capitão Wagner (PR), que disse não acreditar que resolverão o problema. Para Wagner, o primordial seria que o governo do Estado decretasse estado de emergência. O deputado diz já ter enviado pedido para a decretação. Não foi o único. O deputado Renato Roseno (Psol) também já fez a solicitação. Ele acredita que “houve desprezo e falta de vontade de resolver os problemas na área” por parte do governo, que não teria compreendido “como ela é estratégica e importante”. Elogios às medidas As medidas também foram elogiadas por parlamentares. É o caso de Raquel Marques (PT) e Augusta Brito (PCdoB), que defendem que elas minimizam o momento. Raquel destacou a relevância do plano e defendeu que o governo já estava agindo anteriormente. “Agora foram adotadas novas medidas porque é o enfrentamento de uma situação emergencial, mas o governo já vinha tomando (providências) antes”. Já Augusta afirmou que o problema não se intensificou por “desaviso ou má vontade do Governo”. Ela avaliou positivamente os pontos apresentados, acreditando que “é importante começar a combater a situação, mesmo que ela não se resolva de uma hora para a outra”. O deputado Zé Ailton, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania, também discorda que a crise tenha sido acarretada por descaso de Camilo. A reportagem tentou, por dois dias, resposta do Governo do Estado, da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) e do líder do governo na Assembleia, o deputado Evandro Leitão (PDT). No entanto, não houve retorno até o fechamento desta página. Saiba mais Na última segunda-feira, 8, o Governo do Ceará anunciou o “Plano de Estabilização do Sistema Socioeducativo”, com quatro pontos a serem desenvolvidos para minimizar a crise dos Centros Socioeducativos do Ceará. Ela foi intensificada no dia 6, quando rebelião em dois centros resultou em morte de um adolescente de 17 anos. Nenhum projeto de Lei (PL) sobre a temática tramita na Assembleia. Só um Projeto de Indicação, de número 53/2015, de autoria do Capitão Wagner, que regulamenta a carreira de agente socioeducador no âmbito do serviço público estadual. Para ser votado na Casa, Camilo precisa enviá-lo em forma de mensagem do Executivo. O prazo para isso ser feito esgota-se no próximo dia 20.
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