Sempre tema de polêmica, o Acquario Ceará deve dar combustível para a crise aberta com a renúncia de David Durand (PRB) da Secretaria do Esporte. Na última quarta-feira, o colégio de procuradores do Ministério Público Estadual (MPCE) vota a reabertura das investigações relacionadas ao equipamento e que foram engavetadas pela Procuradoria-Geral de Justiça.
No caso de os membros do colegiado decidirem que há elementos que justifiquem a retomada dos inquéritos, o ânimo da oposição deve ficar ainda mais aceso na Assembleia Legislativa.
Desde que a empresa ICM-Reynolds teve o contrato com a Secretaria do Turismo (Setur) suspenso, o Acquario retomou ao centro das polêmicas. Enquanto o governo minimiza a suspensão das obras, que, segundo a Setur, devem ser retomadas em menos de dez dias,a oposição afirma que ela é reflexo da forma como a gestão anterior decidiu tocar a obra.
Entretanto, caso as investigações sejam reiniciadas, deve ganhar força o pedido de CPI proposto pelo deputado Audic Mota (PMDB). Apesar das poucas chances de ser instalada, em virtude da hegemonia que o Palácio da Abolição tem na Assembleia, o desgaste para o Executivo deve ser maior mais pelo tempo em que o assunto predominará no debate público.
Outro desgaste, agora da reforma, pode acabar criando dificuldades para a aprovação do arranjo administrativa. (Renato Sousa)