Representantes das categorias fiscalizadas pela CGD ouvidos pelo O POVO reprovaram a atuação do órgão. Alegando perseguição e uso político da pasta, todos defendem a extinção da controladoria. A demanda será apresentada ao governador Camilo Santana (PT).
Presidente de honra da Associação dos Profissionais da Segurança (APS), o deputado estadual capitão Wagner de Sousa diz que a existência da CGD contraria a Constituição. “Segundo a legislação, ela não poderia existir. Atribuição de fiscalizar a ação da Polícia deve ser do Ministério Público”, defende. Em clima amistoso, Wagner afirma que, caso a CGD seja mantida, espera que a “perseguição” acabe.
O delegado Milton Castelo, Presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil (Adepol), destaca que a criação da pasta trouxe “inquietação” ao meio policial. “Ela inibe o trabalho policial”, resume.
Já o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Carreira (Sinpol), Gustavo Simplício diz que fará um “pedido formal” de revogação da lei que criou a controladoria ao governador.
Valdemiro Barbosa, presidente do Sindicato dos Agentes e Servidores do Sistema Penitenciário (Sindasp), alega que a formação das comissões de julgamento da pasta é injusta com a categoria. “Nelas atuam membros de todas as outras áreas, que conhecem sua realidade de perto. Os agentes penitenciários, não”. (Thiago Paiva)