Hoje faz uma semana que terminou o prazo para candidatos que disputaram as últimas eleições limparem a sujeira que se espalhou pelos muros da cidade. Refiro-me ao prazo final, válido para candidatos que foram ao segundo turno – casos de Camilo Santana (PT), Eunício Oliveira (PMDB), Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Para quem havia encerrado sua participação no primeiro turno, casos dos concorrentes a deputado estadual, deputado federal, senador e, também, candidatos a governador e a presidente que não disputaram segundo turno, esse prazo já terminou desde 4 de novembro. Completa um mês depois de amanhã. E a cidade permanece repleta da imundície política. No Interior, a situação é ainda pior. Aliás, ainda há sujeira espalhada de eleições passadas.
A determinação da lei manda retirar pinturas, cartazes, qualquer tipo de propaganda eleitoral, um mês após o fim da eleição. Se já são inconvenientes, inadequadas, equivocadas durante a campanha – quando permitidas – agora, que infringem a lei, são intoleráveis. Os candidatos e proprietários de imóveis são passíveis de multa e outras punições.
Ontem, no trajeto de 15 minutos de casa até o trabalho, contei mais de 50 muros que permanecem, ilegalmente, pintados ou com cartazes de candidatos colados. Gente que foi ou pretendia ser eleita para fazer leis ou para fazer cumpri-las. Mas ignoram solenemente as regras, dão péssimo exemplo e perpetuam a poluição visual.