Como nas pesquisas do primeiro turno, as mulheres fazem a diferença a favor de Camilo Santana (PT) contra Eunício Oliveira (PMDB). Conforme a pesquisa O POVO/Datafolha, o petista até está numericamente a frente entre os homens, com dois pontos percentuais e em empate técnico. Mas, entre as mulheres, abre sete pontos percentuais. Assim constrói a vantagem de cinco pontos no geral – também empate técnico, como ontem aqui destacado, mas com maior probabilidade de Camilo estar na frente. Eunício tem três pontos de vantagem na Capital, único recorte regional do Datafolha com empate técnico. Na apuração do primeiro turno, o peemedebista teve nove pontos de frente. No resto da Região Metropolitana de Fortaleza e também no Interior, Camilo lidera com sete pontos de diferença. Conforme cresce a escolarização do eleitor, caem as intenções de voto no petista e sobem as em Eunício e, também, brancos e nulos. CID TERMINA GOVERNO MAIS OU MENOS COMO COMEÇOUAo longo de sete anos e nove meses dos dois mandatos de Cid Gomes (Pros), o Datafolha pesquisou nove vezes a avaliação do governador pela população. O balanço sempre foi positivo. O índice de ótimo e bom ficou em todas as ocasiões acima dos 40%. O ruim e péssimo nunca somaram 20%. O maior índice de reprovação foi registrado na primeira pesquisa, em novembro de 2007, quando completava seu 11º mês no governo. Nas três pesquisas realizadas neste ano, todas durante a campanha, de agosto para cá, o percentual de ruim e péssimo ficou estável: 15%. Veja detalhes aqui: http://bit.ly/1od4pz3 O maior índice de ótimo e bom foi registrado em novembro de 2010, logo após Cid ser reeleito. Tinha 65% de aprovação, que destoa da curva histórica. Foi a única vez em que ultrapassou os 60%. Naquele momento, o ruim e péssimo teve sua menor marca: 8%. Já o menor índice de aprovação de Cid foi registrado na pesquisa passada em que a avaliação foi abordada: 43%. Naquela oportunidade, as avaliações regulares chegaram a 37%. Com a margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, havia, no limite, empate técnico entre avaliação regular e a ótima e boa. Com quase um mês de campanha para governador a mais e com ações de sua gestão defendidas diariamente por Camilo Santana (PT), a aprovação a Cid melhorou quatro pontos e as opiniões que atribuem o desempenho regular caíram três. A desaprovação permaneceu onde estava. A essa altura, a diferença entre a primeira avaliação de Cid (45%) e a mais recente (47%) é de dois pontos - empate técnico. NOTA DE GOVERNADOR ABAIXO DA “MÉDIA HISTÓRICA” O Datafolha também pede aos eleitores darem uma nota ao governador. Ao longo da série de pesquisas de 2007 para cá, a média oscilou de 6,4 (a menor, na pesquisa de setembro passado) a 7,6 - em novembro de 2010, quando Cid teve sua melhor avaliação, após reeleito. Agora, retornou ao patamar da primeira pesquisa, em novembro de 2007, no início do mandato: 6,6. A mesma nota se repetiu em julho de 2010, antes da reeleição, e agosto desse ano. Só uma vez foi menor. Em julho de 2007, com seis meses de mandato, Cid foi entrevistado na rádio O POVO/CBN. Questionado sobre uma autoavaliação, ele se atribuiu nota três àquela altura. E enfatizou que é rigoroso consigo mesmo. Porém, chegou a afirmar que as dificuldades no Estado eram, proporcionalmente, menores que as encontradas como prefeito de Sobral. Daí ele acreditar que alcançaria aquela que entende como sua média histórica como gestor, que é 7,5. Em dezembro de 2008, ele disse que se dava nota 5. Ao fim de seu primeiro mandato, com 7,6 no Datafolha, ultrapassou em um décimo a meta que ele mesmo se estipulou. Porém, agora, aos olhos da população, fica quase um ponto abaixo.