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Sexta, 19 Setembro 2014 06:17

Coluna Política

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  Números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados ontem, trazem mais números preocupantes sobre a educação no Ceará no fim da adolescência e começo da idade adulta. Há duas semanas, números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) já mostravam que o Estado não havia alcançado a meta no ensino médio e, pior que isso, apontava retrocesso. Agora, no Pnad, contrariando tendência nacional e também na contramão do que ocorre em relação às crianças e adolescentes até 14 anos, caiu no Ceará a taxa de escolarização de adolescentes entre 15 e 17 anos (era 85,7% em 2012 e passou a 83,2% em 2013) e, também, a escolarização entre jovens de 18 a 24 anos (de 26,5% para 25,6%). O número corresponde ao percentual de pessoas daquela faixa de idade que está estudando. As quedas têm correlação com o mau desempenho do ensino médio no Estado. E, na faixa de 18 a 24 anos, também com ensino superior. No Brasil, o Ceará tem a 17ª taxa de escolarização entre 15 e 17 anos. Já entre 18 a 24 anos, a situação é ainda mais preocupante. O Estado era o terceiro pior do País. Mas, com a piora e as melhores de Rondônia e Maranhão, o Ceará passou a ter a menor taxa de escolaridade do Brasil nessa faixa de idade. O ensino médio é a principal responsabilidade do Estado em relação à educação. O governo Cid Gomes (Pros) tem feito trabalho de referência nacional no ensino fundamental, o que se reflete no Ideb e no Pnad. Mas essa é responsabilidade direta dos municípios, que contam com inestimável suporte estadual. Ótimo. Não pode, todavia, descuidar de sua função primordial. Vale lembrar que, no debate na TV O POVO, em agosto, Camilo Santana (PT) foi cobrado pelo adversário Eunício Oliveira (PMDB) sobre o fracasso – que é nacional, e também estadual – na meta de eliminação dos lixões. O candidato de Cid Gomes à sucessão argumentou que o Estado deu o apoio, coordenou, mas a responsabilidade é municipal. Pura verdade. Muito parecido com o que ocorre na educação. Porém, onde há sucesso, o governo puxa para si. No que há fracasso, empurra para os municípios. A velha máxima do “o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde”. AS POLÊMICAS DOS CANDIDATOS AO SENADONas entrevistas de anteontem e ontem na TV O POVO, os candidatos a senador Tasso Jereissati (PSDB) e Mauro Filho (Pros), respectivamente, assumiram a defesa de posições polêmicas. O que é ótimo, pois em épocas eleitorais candidatos costumam fugir de qualquer controvérsia, esquivar-se de temas polêmicos – exatamente questões que, por dividirem opiniões, são balizadoras de um mandato. Mas, sob o risco de custarem votos, as campanhas as evitam. Mas, até pelas histórias de ambos, nem Tasso nem Mauro podiam fugir das questões apresentadas pelos jornalistas do O POVO, que marcam suas trajetórias. Concorde ou discorde, o importante é que o eleitor conheça tais posições controversas antes de votar. O candidato do PSDB defendeu privatizações nas áreas em que a iniciativa privada pode atuar melhor que o poder público. E defendeu a mais polêmica das realizadas quando era governador: a da Coelce. “Eu sou favorável a privatizações quando necessárias. Hoje sou mais até do que era antes”, disse. Um pouco menos direto e enfático e com muitas explicações técnicas, Mauro defendeu a taxação de aposentados e pensionistas, aprovada na Assembleia Legislativa quando era secretário da Administração do governo Lúcio Alcântara. Ele destacou que o aposentado não tem perda salarial com o desconto de 11% que passou a ser feito. Apenas mantém a remuneração que tinha na ativa. Um modelo, segundo disse, só adotado em outros dois países, pois na maioria o aposentado tem perda de rendimento ao se aposentar. Citou ainda que, por essa razão, o Congresso Nacional aprovou a mudança e, segundo enfatizou, os estados foram obrigados a seguir. E ainda teve Raquel Dias (PSTU) e sua defesa da luta armada. Hoje a série termina com Geovana Cartaxo (PSB), às 10h30min, na TV O POVO, rádio O POVO/CBN e portal O POVO Online.
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