O QUE HÁ DE NOVOUm aspecto que chama atenção na polêmica, já há algumas semanas, é que a iniciativa de adotar postura mais agressiva tem partido da candidatura governista, embora tenha também havido ataques bem duros do outro lado. Normalmente, são os opositores que costumam ser mais incisivos e duros, enquanto a postura governista é, em regra, mais moderada.
Há um elemento óbvio para explicar a postura. O opositor Eunício largou com vantagem sobre Camilo Santana (PT), conforme o Ibope da semana passada. O grupo cidista já largou atrás antes – por exemplo, em 2006, quando Lúcio Alcântara liderava e Cid Gomes vinha atrás. Mas a diferença não era tão expressiva. E, logo que o jogo começou a virar, a campanha de Lúcio também começou a bater.
Mesmo assim, a simples desvantagem agora não explica a iniciativa do enfrentamento a esta altura da eleição, pois há muita campanha pela frente e Camilo tende naturalmente a crescer, embora não se saiba em que ritmo e patamar. Outro dos ingredientes que certamente pesam é o fato de os adversários serem ex-aliados que conviveram por bastante tempo e, assim, saberem bastante uns sobre os outros.