O PSOL oficializou as candidaturas de 43 representantes que buscarão uma vaga na Assembleia Legislativa e de outros 15 filiados que tentarão a eleição para deputado federal. O número supera a quantidade de filiados lançados na disputa de 2010, quando a legenda não conseguiu eleger nenhum dos candidatos, apesar do vereador João Alfredo e advogado Renato Roseno terem alcançado votações expressivas.
Naquele ano, o partido não fez nenhuma aliança para a disputa e lançou apenas seis nomes para tentarem uma vaga na Câmara dos Deputados. Renato Roseno conseguiu 113 mil votos, ficando entre os candidatos mais votados, mas a falta de uma aliança mais ampla e o resultado inexpressivo dos demais representantes da agremiação impediram a sua eleição. Ele não conseguiu o coeficiente eleitoral.
Já na busca por uma vaga na Assembleia Legislativa, o vereador João Alfredo sofreu um problema semelhante ao de Renato Roseno. Ele obteve aproximadamente 33 mil votos, mas os outros 26 candidatos do PSOL que concorreram ao cargo de deputado estadual conseguiram poucos votos. Naquele pleito, cinco candidatos de outras coligações não alcançaram mais de 30 mil votos, mas foram eleitos.
Nem mesmo a candidatura de Soraya Tupinambá ao Governo do Estado conseguiu fortalecer os outros nomes lançados pelo partido. Em 2010, ela obteve apenas 38 mil votos, ficando à frente somente do candidato que representou o PSTU naquele pleito.
Para 2014, além da ampliação no número de candidatos, o PSOL entra na disputa em coligação com o PSTU e PCB. As duas legendas ainda não fecharam a lista de filiados que tentarão a eleição proporcional, mas já indicaram os nomes para senador (Valdir Pereira) e vice-governador (Jean Carlos), respectivamente. "Nossa luta é na rua, mas vocês não têm noção do quanto faz falta uma cadeira na Assembleia Legislativa", afirmou aos militantes o vereador João Alfredo durante a convenção realizada no último domingo.
A agremiação decidiu, neste ano, unir as forças de Renato Roseno e João Alfredo. Ao contrário de 2010, os dois são candidatos a deputados estaduais no pleito deste ano. "Ter uma, duas ou até três cadeiras na Assembleia Legislativa vai possibilitar que a gente amplie muito o nosso diálogo com os movimentos sociais, além de nos possibilitar a construção de um partido em todo o Estado", explicou . A presidente estadual do PSOL, Cecília Feitoza, reconhece que a falta de força da legenda fora da Capital.