O debate do ciclo de seminários é mediado por Sérgio Mota, da Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema), que enalteceu o pioneirismo do pacto da AL em debater o saneamento básico e em trazer a educação ambiental como um dos seus eixos. Ele comentou ainda o desafio que existe em fazer gestores compreenderem a importância da educação ambiental no saneamento básico.

Luís Salvatore, presidente do Instituto Brasil Solidário (IBS), apresentou o trabalho da organização da sociedade civil que atua com projetos em diversos municípios e comunidades em oito áreas temáticas, entre elas, a educação ambiental, de forma transversal e interdisciplinar.

Ele indicou que os projetos de educação ambiental do IBS contemplam um conjunto de ferramentas e recursos educacionais, seguindo estratégias como gestão e monitoramento, desenvolvimento profissional para educadores, recursos educacionais e avaliação e aprendizagem e ações no campo.

Fernanda Diniz, coordenadora da Escola de Gestão Pública do Estado do Ceará (EGP-CE), apresentou o programa Agente Jovem Ambiental (AJA), previsto na Lei Estadual 17.383, de janeiro de 2021. O projeto é uma parceria entre o EGP-CE, Secretaria de Meio Ambiente e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Até setembro de 2021, o AJA contou com duas turmas, totalizando 8.932 jovens cearenses em situação de vulnerabilidade.

Entre os módulos do projeto, que tem duração de 12 meses, explicou a coordenadora, estão meio ambiente, consumo consciente, saneamento básico, biodiversidade e unidades de conservação, agroecologia e reflorestamento, leis ambientais e a elaboração do plano de ação comunitário (PAC) pelos estudantes.

Cleilson Coutinho, professor de Física do Estado (CREDE 9), compartilhou com os participantes do debate uma experiência exitosa de projeto que dialoga com a educação ambiental no contexto escolar. Ele comentou que o projeto, desenvolvido com alunos, começou em 2017 a partir da participação de professores do Laboratório Educacional em Ciências (LEC) em um curso educação ambiental e escolas sustentáveis.

O professor explicou que, a partir da formação, os professores identificaram os pontos essenciais para desenvolver junto com a comunidade escolar em parceria. O projeto envolveu conhecimentos e prática nas áreas das energias renováveis e educação ambiental. Ele ressaltou ainda a importância de conhecer o contexto da educação ambiental formal e não-formal para avançar nas ações.

REDES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A continuidade do Seminário “Educação Ambiental para o Saneamento Básico” aborda, nesta quinta-feira (30/09), a partir das 14h, pela plataforma Zoom, o tema “Redes de Educação Ambiental”, com a apresentação de experiências exitosas que poderão contribuir para a implementação da Rede Cearense de Educação Ambiental (EA).

Os participantes do Seminário contarão com Sérgio Mota, da Sema, como debatedor, e a participação de Jaqueline Guerreiro, da Rede Brasileira de Educação Ambiental do Rio de Janeiro, Marcos Alberto Vieira, do Instituto Federal de Educação do Estado e Zanna Matos, da Rede Brasileira de Educação Ambiental da Bahia.

Rosana Garjulli, coordenadora técnica do Pacto, ressaltou a construção da publicação “Cenário Atual do Saneamento Básico no Ceará”, que reúne informações dos diversos eixos temáticos. Todos os documentos do Pacto estão disponíveis no site da AL.

Ela comentou que desde julho estão sendo realizados os ciclos de seminários temáticos, abordando todos os eixos e suas possibilidades de ações estratégicas. Parte dos eventos pode ser visto no canal do pacto no YouTube

SA/CG