A ideia, conforme a primeira-dama da AL e idealizadora do núcleo, Cristiane Leitão, é viabilizar a inclusão da população das comunidades no mercado de trabalho, por meio de um projeto de empreendedorismo social. “Estabelecemos um fluxo que envolve desde a elaboração de um diagnóstico dessas comunidades, passando pela capacitação e qualificação dos trabalhadores até a liberação de crédito para aqueles que optarem pelo microempreendedorismo”, disse. 

Segundo ela, esse fluxo começa com o diagnóstico das comunidades e a identificação do perfil de cada trabalhador, que pode ser dividido entre empreendedor e empregado. Cada perfil receberá o treinamento profissional adequado para que a inclusão no mercado de trabalho aconteça dentro das predisposições de cada trabalhador. 

“Será uma ação que pretendemos iniciar na segunda quinzena de agosto. De início, vamos contemplar apenas essas comunidades mais próximas, mas nosso objetivo é expandir essa ideia para outras comunidades, gerando oportunidades para a população em situação de vulnerabilidade social”, pontuou.

A coordenadora do NRS, Luana Brasileiro, explica que há um “plano de ação” que visa preparar as pessoas das comunidades para essa iniciativa. “Realizaremos uma série de palestras nessas comunidades, entre e julho e novembro, com o objetivo de conscientizar quanto à importância de determinados assuntos, além de identificar problemas e propor soluções eficientes de Estado para uma gestão socialmente responsável e igualitária das comunidades, preservando recursos ambientais e culturais, e atentos à desigualdade socioeconômica”, assinalou.

Nessas palestras, serão debatidos temas como resíduos, educação ambiental e cidadania; autocuidado físico e mental; laboratórios de informática; empreendedorismo e fomento da economia local; justiça para leigos; artesanato empreendedor; aleitamento materno e primeira infância, entre outros. Temas voltados para mulheres, jovens e idosos também estão incluídos na pauta.

Para Luana, essas palestras servirão como “preparação” para as atividades provenientes do Programa de Empreendedorismo Social. “Queremos que as pessoas já se acostumem com esses temas, pensem sobre esses assuntos, pois eles também serão discutidos durante os treinamentos futuros e também podem ajudar a definir o tipo de atividade que as pessoas desejam desempenhar”, observou.

O líder comunitário da comunidade Pau Pelado, Herivelto Silva Teixeira, lembra que essas iniciativas devem acolher também os moradores de ruas, flanelinhas e outros que orbitam essas comunidades. “Nós sempre ajudamos essas pessoas e enfrentamos grandes dificuldades na hora de conseguir a emissão de documentos, entre outras coisas, então proponho que elas tenham espaço nesse projeto”, salientou.

Ele também reforçou a necessidade de o NRS realizar visitas às comunidades para observar a dinâmica cotidiana dos moradores, assim como refinar o diagnóstico da população de modo a adequar os cursos, palestras e treinamentos à formação das pessoas interessadas.

O presidente da Associação dos Servidores da Assembleia Legislativa (Assalce), Luís Edson Correia Sales, elogiou a iniciativa da primeira-dama da AL para criar o NRS e a proposta apresentada. “A Assalce e o Departamento de Saúde e Assistência Social da AL já faziam isso, mas de maneira muito limitada, com a oferta de serviços de saúde e, ainda assim, com muitas limitações. Com o núcleo, a AL ultrapassa essa limitação e oferece um serviço realmente inclusivo e com vontade política de promover oportunidades para as pessoas mais vulneráveis socialmente, característica da gestão excelente que está sendo conduzida pelo deputado Evandro Leitão (PDT)”, defendeu.

Também participaram do encontro a assistente social do NRS, Kátia Gomes; o representante do Instituto Compartilha, Frei Nailson Neo, além de técnicos do NRS e outras lideranças da Comunidade Pau Pelado.

Núcleo

Lançado em junho de 2021, o Núcleo de Responsabilidade Social da AL tem a finalidade de identificar e exercer ações eficientes do Estado no que se refere a uma gestão socialmente responsável e igualitária na comunidade do seu entorno.

O propósito é atuar como instrumento de redução dos impactos negativos no meio ambiente e na comunidade do entorno, preservando recursos ambientais e culturais, atento à desigualdade socioeconômica, a fim de promover o desenvolvimento da localidade para uma sociedade sustentável, utilizando a informação, sensibilização e a execução de ações junto aos parceiros, colaboradores e comunidade.
PE/AT