Você está aqui: Início Últimas Notícias Live da Procuradoria da Mulher debate sobre pobreza menstrual
Realizado pelo Instagram da Procuradoria, o evento recebeu a procuradora Especial da Mulher, deputada Augusta Brito (PCdoB); a publicitária e idealizadora da Comunidade Sangue Nosso, Larissa Maia, e a servidora da Procuradoria da Mulher Laryssa Rodrigues, para debater sobre pobreza menstrual.
A parlamentar ressaltou o projeto de lei do Executivo que foi aprovado na quinta-feira (15/07), na Assembleia Legislativa, que trata sobre a Política de Atenção a Estudantes da Rede Pública de Ensino e autoriza o Poder Executivo a adquirir e distribuir absorventes higiênicos, buscando garantir a condição básica de higiene íntima.
O projeto de n° 92/21 nasceu de um indicativo da deputada na busca de reduzir desigualdades sociais, minimizando o risco de doenças e atenuando a infrequência e o abandono escolar.
Augusta Brito salientou ainda a importância de debater a menstruação, que, segundo ela, ainda é um tabu grande na sociedade. “A cada quatro meninas, uma relata já ter faltado aula porque não tinha dinheiro para comprar absorventes. Isso é triste. Além da questão financeira, existe a vergonha de debater o assunto com os pais, entre outros pontos”, assinalou.
A publicitária Larissa Maia explicou que, durante a pandemia, teve a oportunidade de distribuir kits de higiene, contendo absorventes, em comunidades carentes. “Eu vi o sorriso de muitas pessoas no rosto e, com isso, criei um Instagram, o @sanguenosso. Pedi doações e hoje contamos com uma grande rede de pessoas ajudando mulheres carentes do interior do Ceará. Já doamos mais de 16 mil absorventes”, comemorou.
Larissa Maia comentou também a necessidade de auxiliar as mulheres em situação de vulnerabilidade social. “Além de ajudar, precisamos informar a população. Muitos ainda não conseguem tratar esse assunto com naturalidade, mas precisamos quebrar essa barreira. É debatendo que conseguimos conhecer o nosso corpo e até saber se existe algo errado”, disse.
A servidora Laryssa Rodrigues, da Procuradoria da Mulher, também frisou a necessidade de naturalizar a menstruação. “Em alguns países, a menstruação é um grande tabu. As mulheres, nesses períodos, ficam impuras aos olhos dos outros. É necessário que as pessoas entendam que a menstruação, na verdade, é normal, é sinal de saúde”, afirmou.
O projeto “Ei, mulher” vem promovendo eventos virtuais com foco em questões jurídicas que envolvem os direitos das mulheres e a participação de profissionais especialistas em diversas temáticas.
A Procuradoria já debateu os temas “Stalking: o novo crime de perseguição ameaçadora”; “A relação de emprego das empregadas domésticas em tempo de pandemia”; “Importunação Sexual e Ressarcimento por Danos Morais as Vítimas”; “Afastamento de Gestantes na Pandemia”; “Homofobia: legislação e orientações jurídicas”; “Diferenças Entre Casamento, União Estável e Regime de Bens”; “Direitos da Maternidade”; “A Guarda Compartilhada em Confronto com a Medida Protetiva de Urgência”; “Relacionamentos Abusivos”; “Direitos relacionados à pensão alimentícia”; “Dia do orgulho LGBTQIA”, “Indenização por Abandono Afetivo” e “Participação política feminina”.
GM/AT