A procuradora Especial da Mulher da AL, deputada Augusta Brito (PCdoB), ressaltou a importância do evento não apenas para discutir as políticas públicas que estão sendo feitas, mas também para divulgar ações a fim de que as pessoas saibam onde buscar ajuda quando houver necessidade.

A parlamentar também elogiou o trabalho desenvolvido pela Secretaria Executiva de Políticas sobre Drogas, dividido em cinco eixos: prevenção ao uso e abuso de drogas, rede de orientação e apoio, reinserção social e profissional, educação permanente e estudos e pesquisas. “Quero parabenizar a formação de todos os cinco eixos que foram elaborados, com certeza, por pessoas que estudaram e estão fazendo uma grande diferença”, destacou.

Para a secretária titular da Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos, Socorro França, é preciso ter políticas sobre drogas afirmativas, humanitárias e assertivas. “É preciso, sim, a gente abrir a boca, dizer qual é a forma deletéria que tem a droga, que começa com o álcool, numa brincadeira e, de repente, você quer sair e não consegue”, salientou.

De acordo com Socorro França, a política sobre drogas demanda um trabalho intersetorial, com o envolvimento de várias outras secretarias. Ela destacou algumas ações promovidas pelo Governo do Estado nessa área, como a criação do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas, composto por membros do poder público e da sociedade civil. “É importante que haja essa discussão, que todos possam ter essa militância no Conselho para que, a partir daí, tenhamos o controle sobre todas as ações e, sobretudo, possamos fiscalizar o que está sendo feito”, afirmou.

A secretária Executiva de Políticas sobre Drogas, Rachel Marques, ressaltou, entre as várias ações da pasta, a abertura do Centro de Referência sobre Drogas, situado no bairro Papicu. Segundo Rachel, o órgão está à disposição de todos os cearenses e também realiza atendimentos on-line, que podem ser solicitados pelo WhatsApp: (085) 98439-4775.

A secretária também comentou sobre o trabalho realizado com a população em situação de rua por meio das unidades móveis da secretaria, composta por uma equipe multidisciplinar de profissionais. “Fomos construindo um vínculo com essas pessoas que nos permitiu, inclusive, fazer a vacinação de toda essa população”, informou. A ação, conforme Rachel, contemplou mais de mil pessoas e também promoveu a emissão de documentos para o cadastro de vacinação.

A secretária Executiva de Cidadania e Direitos Humanos, Lia Gomes, pontuou que o problema do abuso de álcool e drogas tem se agravado durante a pandemia, pelo fator da imprevisibilidade de sua duração. “No Brasil, isso foi muito agravado pela falta de coordenação de uma política nacional de combate à pandemia. As pessoas demoraram a receber o auxílio emergencial, a situação econômica piorou demais. Com isso, essa discussão se torna ainda mais importante”, acentuou.

A secretária Executiva de Política para as Mulheres, Denise Aguiar, afirmou ser preciso romper muitas barreiras em relação ao uso abusivo de drogas, pontuando que ainda existe algo muito camuflado emrelação a essa questão. Ela apontou ainda a necessidade de pautar esse tema de forma ampla, inclusive dentro das escolas, que são, segundo ela, os espaços onde a formação ocorre.

BD/ CG