Você está aqui: Início Últimas Notícias Seminário virtual debate construção do Plano Estadual de Apicultura do Ceará
O presidente do colegiado e requerente do debate, deputado Acrísio Sena (PT), explicou que esse é o primeiro de seis seminários temáticos sobre a construção do plano. O próximo encontro está previsto para acontecer em 28 de agosto e deve abordar as demandas do setor de apicultura na região norte do Estado. A primeira reunião tratou das necessidades dos sertões de Crateús e Inhamuns.
Paulo Roberto Gaudêncio, técnico do Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec), apresentou a minuta do Plano Estadual de Apicultura do Ceará. Segundo ele, é preciso fortalecer o diálogo entre instituições e produtores do setor apícola, a fim de identificar necessidades emergenciais e de curto, médio e longo prazo desse segmento. “E, a partir desse diálogo, elaborar a política apícola do Ceará e, dentro dela, o Plano de Desenvolvimento da Apicultura e a Lei Estadual da Apicultura”, acrescentou.
Para Augusto Júnior, presidente da Câmara Temática do Mel, a elaboração desse plano é um marco para a apicultura, uma vez que resultará na criação de políticas públicas voltadas para seu desenvolvimento. Augusto também ressaltou a importância de fomentar o uso do mel como alimento, e não como remédio, com o intuito de estimular seu consumo pelo mercado interno, uma vez que os outros países já estão cientes de seu grande valor nutritivo.
Segundo Irineu Fonseca, presidente da Federação da Apicultura do Ceará (Face), é preciso que as empresas invistam em sistema de manejo e capacitação do apicultor. “Uma coisa muito importante que temos que ver aqui no Ceará é o manejo, trabalhar corretamente. Saber o distanciamento para montar um apiário, porque tem gente com apiário a 100 metros, 200 metros perto da casa de uma pessoa. É só mexer em uma caixa que esse enxame invade qualquer coisa. É com manejo que vamos produzir muito”, ressaltou.
De acordo com Adrianne Paixão, da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), o plano será importante para desenvolver as regiões que hoje não estão desenvolvidas em relação aos produtos apícolas, bem como capacitar ainda mais aquelas que hoje já têm certo know-how. Ela salientou ainda a necessidade de diversificar os produtos apícolas. “Não só imaginar o mel como sobremesa, mas seu uso na panificação, com biscoito, como adoçante. A gente precisa, além da inserção na merenda escolar, que ele se insira de maneira diversificada”, apontou.
Kennedy Loiola, agente de desenvolvimento do Banco do Nordeste (BNB), enfatizou que o BNB coloca à disposição de apicultores, além de linhas de crédito, diversas ações que vão desde o insumo à produção, comercialização, crédito, associativismo e infraestrutura. “Acredito que é importante buscar novos mercados, diversificar a produção e aumentar a produtividade”, pontuou.
O evento contou ainda com a participação de Silas Alencar, presidente do Centec; Antônio Rodrigues de Amorim, presidente da Ematerce; Sílvio Carlos Ribeiro, secretário executivo da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Estado do Ceará (Sedet), e diversos profissionais do setor apícola.
BD/CG