Entre os participantes da enquete, publicada de 29 de junho a 6 de julho, 54,8% afirmaram que costumam doar sangue por ter ciência de que esse gesto que pode salvar vidas. Outros 45,2% informaram nunca ter pensado nessa possibilidade.
Para o deputado e médico Fernando Hugo (PP), a doação de sangue com o intuito de socorrer pacientes é um ato que salva muitas vidas. “Em todos os centros de hemoterapia e hematologia do mundo, diariamente se processa industrialmente melhorias no sangue doado, e por meio dele são feitas inúmeras ações para a cura de várias pessoas. A ação deve ser estimulada, e o governo, como instituição, tem obrigação em fazer valer pela educação a conscientização desse ato de caridade e prova de amor ao próximo”, defende.
O deputado Nizo Costa (PSB) considera a doação de sangue um ato de fraternidade com o próximo. “A cada doação, podemos salvar quatro vidas. É preciso que cada vez mais possamos ampliar o número de doadores, principalmente no interior do Estado, para que possamos ter mais possibilidade de salvamento. Para aqueles que não doam sangue, desejamos que, no futuro, mudem de ideia”, diz. Na avaliação do parlamentar, a doação não faz bem apenas para quem recebe, através do altruísmo, da renovação do sangue do doador. “Aquele que doa também é beneficiado. Parabéns a todos os doadores”, acrescenta.
Segundo o deputado Heitor Férrer (SD), o resultado da enquete é animador, pois demonstra que grande parte da população tem consciência da importância da doação de sangue e como esse pequeno gesto pode fazer a diferença entre a vida e a morte de uma pessoa. “Sou doador de carteirinha do Hemoce e busco sempre incentivar a doação. Essa é uma atitude que precisa ser cada vez mais estimulada e divulgada. Com acesso às informações corretas sobre como é simples doar sangue e desmistificando o assunto, cada vez mais pessoas se sensibilizarão para se tornarem doadores”, ressalta.
A coordenadora de capacitação de doadores do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), Nágila Lima, informa que vários programas e projetos são desenvolvidos ao longo do ano junto a escolas particulares e públicas, universidades, organizações não governamentais, além de gestões municipais e igrejas, para a conscientização da importância de doar sangue. “Sabemos do medo de muitas pessoas. Por isso realizamos ações como o projeto nas escolas, em que crianças elaboram desenhos ou frases sobre a conscientização da doação, que são usados em nossos trabalhos de divulgação”, exemplifica
De acordo com a coordenadora, são realizadas também coletas externas, descentralizando o serviço para pontos da cidade que facilitem o acesso do doador, além de outras ações. “Mas, a cada dia, vemos que a sociedade tem consciência da importância da doação e se disponibiliza a nos ajudar”, pondera.
Nágila acrescenta ainda que o Ceará tem um dos melhores índices de doação no Brasil, com 1,9% da população total como doadora, quando o ideal recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) é de 3% da população para cada país.
LA/AT