Você está aqui: Início Últimas Notícias Dia Nacional do Delegado de Polícia Civil é celebrado em solenidade na AL
O parlamentar destacou os desafios enfrentados pelos delegados de polícia e observou que, embora sejam operadores do Direito – assim como juízes, promotores e advogados e, por isso, deveriam possuir as mesmas garantias –, esses profissionais, em muitas situações, ficam bastante vulneráveis. “É uma profissão arriscada, uma profissão em que você vai para o embate, uma profissão de inteligência. Mas eu acredito na profissão, acredito que cada dia que passa por essa violência generalizada, a autoridade policial está sendo mais valorizada. É quase uma obrigação do poder público”, acentuou.
O presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Ceará (Adepol/CE), Milton Castelo Filho, citou o ex-presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, afirmando que “o respeito à lei é o bem mais valioso que um povo livre pode ter”. “Ser delegado de polícia é um sacerdócio; temos hora para começar a labuta, mas, para terminar, somente o interesse da administração pública, no seu dever de ofertar segurança pública à sociedade, é quem vai estabelecer”, pontuou.
O delegado da Polícia Civil César Martins comentou sobre o cenário político atual que, segundo ele, ao mesmo tempo desafia e assombra. “Nós, como delegados de polícia e linha de frente no combate ao crime, estávamos, até certo tempo atrás, vendo uma luz no fim do túnel de maneira concreta e sólida. Mas, de uma hora para outra, vemos retrocessos inconcebíveis, como a questão da lei do abuso de autoridade, que foi elaborada para criminalizar quem quer combater o crime. Chamo essa lei de estatuto da impunidade, da criminalidade”, criticou.
Para o presidente da Associação Brasileira de Ouvidores Secção Ceará, Irapuan Diniz, a despeito das faculdades de Direito direcionarem a formação dos estudantes para advogados, promotores de Justiça e juízes, não é possível fugir à realidade que reivindica o trabalho dos delegados de polícia.
“Por isso, o delegado de polícia, existente e atuante na sistemática jurídica brasileira por quase dois séculos, realizando investigações, apurando infrações penais, elaborando inquéritos policiais e decidindo sobre questões sociais inadiáveis nos horários mais difíceis e momentos mais graves – quando em regra não se pode contar com outras autoridades públicas –, teve a sua justa inclusão no texto da lei maior”, apontou.
A delegada do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis, Rena Gomes, frisou a importância da presença de delegadas mulheres na profissão. “Somos operadoras do Direito e somos também aquele grande resguardo da população mais vulnerável que nos procura e, pelo nosso trabalho, transformamos muitas vezes muitas situações na sociedade”, salientou.
Já o presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Tony Brito, ressaltou que a Polícia Civil trabalha para que os direitos da população não sejam ameaçados e violados, salientando a necessidade de garantir justiça salarial para a categoria. “A Polícia Civil ajuda demais a sociedade cearense, e a sociedade cearense, através de seus governantes, precisa ajudar mais a Polícia Civil, não no tocante de conceder privilégios, mas sim prerrogativas e justiça salarial”, avaliou.
A solenidade homenageou 30 delegados, entre os quais estão Marcus Rattacaso, delegado geral da Polícia Civil do Estado do Ceará; Sérgio Pereira dos Santos, delegado geral adjunto da Polícia Civil do Estado do Ceará; e Milton Castelo Filho, presidente da Adepol/CE. Também foi homenageado, “in memoriam”, o ex-presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil do Brasil (Adepol), Carlos Eduardo Benito Jorge.
O Dia Nacional do Delegado de Polícia Civil é comemorado em 3 de dezembro, em alusão à data de promulgação da Lei nº 261, em 1841, que instituiu a figura do Chefe de Polícia para o município da Corte e cada uma das províncias do Império.
Estiveram presentes na solenidade ainda a diretora da Adepol/CE, Jeovânia Holanda, e o delegado da Polícia Civil, Lúcio Ponte Torres.
BD/LF