Para a presidente do MMLC e ex-deputada estadual, Meire Costa Lima, qualquer ação que vise promover a paz é extremamente importante. “É um comprometimento de todas as instituições – como é da nossa Casa aqui na Assembleia – promover a dignidade humana, o respeito à vida de cada pessoa e à tolerância, pois só a tolerância pode criar um mundo melhor”, frisou.

O primeiro secretário da Casa, deputado Evandro Leitão (PDT), destacou a relevância do evento na promoção da cultura de paz e afirmou que os conflitos fazem parte da nossa vida, mas não podem ser percebidos apenas do ponto de vista negativo. “A partir dos conflitos, muitas oportunidades transformadoras podem surgir para promover a cultura da paz”, pontuou.

A palestrante Márcia Sarubbi ressaltou a necessidade de internalizar a cultura de paz e a não violência contra si mesmo. “Se eu pedir para vocês listarem quais atos de violência vocês praticaram com vocês hoje, vocês vão ter uma lista bem ampla. A gente se violenta, a gente se agride, a gente não respeita o nosso ritmo”, ressaltou.

Márcia também enfatizou a importância de o profissional estar em paz consigo mesmo para ajudar o outro, destacando o papel dos líderes neste processo. “Nós temos que ter um olhar humanizado para o nosso colaborador. Como o profissional vai trabalhar em harmonia e produzir com potência se ele está vivendo um conflito imenso em seu sistema familiar?”, argumentou.

Márcia comentou ainda sobre alternativas para promover a cultura de paz na área do Direito, na qual o modelo visto como ideal para mediar conflitos é o do advogado agressivo. “O que cai nas mãos dos juízes, em geral, são petições sangrentas. Para isso, tem um remédio: é o peticionamento compassivo. Quando você for peticionar, lembre-se de que são seres humanos que estão com dor, que estão sofrendo”, avaliou.

Estiveram presentes na palestra a presidente do Grupo Mulheres do Brasil (Núcleo Fortaleza), Annette de Castro; a presidente da Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/CE), Christiane Leitão; a vice-procuradora geral de Justiça do Estado do Ceará, Vanja Fontenele; a juíza titular da Vara de Execução de Penais e Medidas Alternativas, Maria das Graças Almeida; a juíza titular da 2ª Vara de Execução Penal, Luciana Teixeira;  o presidente da Associação Cearense de Magistrados, Ricardo Alexandre da Silva Costa; e a defensora pública Francilene Gomes.

BD/CG