O presidente da AL, deputado Zezinho Albuquerque (PDT), declarou satisfação em homenagear os 90 anos do jornal. "Eu me sinto gratificado de poder recebê-los aqui. Espero que a Assembleia possa participar todos os anos da comemoração da existência de um jornal independente, que luta pelos interesses da sociedade”, afirmou o parlamentar.
O deputado Carlos Matos destacou que o jornal acompanhou o crescimento do Estado e suas mudanças, além de fatos históricos marcantes para o País e para o Ceará, desde a revolução de 1930, período da ditadura militar, transição para democracia e dois impeachments presidenciais. "São muitos os protagonistas, mas nunca podemos pensar em nenhum caminho fora da democracia, da livre iniciativa e do livre pensamento". Carlos Matos ressaltou ainda a atuação dos gestores que estiveram à frente da empresa. "Quando olhamos para o passado, vemos um jornal com vida, que abraçou grandes causas".
Uma das homenageadas, a presidente do grupo O Povo de Comunicação, Luciana Dummar, destacou a atuação de Demócrito Rocha, o fundador do jornal, "que teve o Ceará como a grande missão de sua vida”. Ela citou o trabalho dos demais gestores, até Demócrito Dummar, que assumiu em 1985. "Segundo Demócrito Dummar, na Aguanambi, somos eternos aprendizes e garimpamos a verdade em toda a sua inteireza", afirmou.
Luciana Dummar também reforçou a importância da liberdade de imprensa numa sociedade democrática. “Celebrar os 90 anos do jornal O Povo é celebrar a democracia e o estado de direito. Celebrar os 90 anos de um jornal é celebrar a defesa da liberdade de pensamento e expressão."
Também homenageado, o jornalista Jocélio Leal comparou o exercício da política ao do jornalismo. "A política e o jornalismo são duas atividades marcadas pela vaidade. A maturidade é que faz com que nós lidemos com isso de maneira responsável", declarou. Para o jornalista, a boa política, assim como o bom jornalismo, coloca o interesse público acima de tudo.
"O jornal conseguiu se tornar uma instituição pública, não no sentido estatal, mas no sentido de pertencimento à sociedade. Hoje é difícil imaginar que alguma coisa aconteça nesse Estado sem passar pelo jornal O Povo. Ele legitima, ele critica, põe em xeque, ele incomoda. O limite desse incômodo é o limite do interesse público", ressaltou ainda Jocélio Leal.
Durante a solenidade, também foram homenageados Demócrito Dummar (in memoriam), Maria Valdenora, Maria Teresa Lima, José Mauri Melo, Arlen Medina Néri, Daniela Nogueira, Lúcio Brasileiro, Sônia Maria Pinheiro, Neila Maria Fontenele, Lêda Maria Feitosa, José Ivonilo Praciano, Valdemar Menezes e Eliomar de Lima.
Também estiveram presentes à solenidade a defensora pública do Estado, Mariana Lobo; o reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Virgílio Araripe; o secretário do Meio Ambiente do Estado, Artur Bruno; o presidente da Associação Cearense de Imprensa, Salomão de Castro, e o secretário da Fazenda do Estado do Ceará, Mauro Filho.
JM/LF