O deputado Renato Roseno (Psol), autor do requerimento, destacou a importância do Sindicato Mova-se durante as três décadas na luta para garantir os direitos aos trabalhadores e trabalhadoras do serviço estadual. Ele lembrou que o Mova-se nasceu junto com a nova Constituição Brasileira e que hoje, diante dos ataques que os trabalhadores estão sofrendo contra seus direitos, é necessária a união de todos.

"A sociedade brasileira saberá diferenciar aqueles são a favor da democracia daqueles que querem o arcaísmo, o retrocesso. E o servidor público sempre estará ao lado da democracia e dos direitos à igualdade e à justiça, que trarão paz e vida plena para todos os trabalhadores", afirmou o parlamentar.

O deputado lembrou ainda que valorizar os servidores é condição necessária para o exercício da plena cidadania e da garantia de direitos sociais da sociedade, como educação e saúde.

Ex-coordenadora do Mova-se, Zélia Franklin de Albuquerque lembrou que antes da Constituição de 1988 o serviço público era proibido de ser representado por um sindicato e o servidor não podia ser sindicalizado. Mesmo assim, para reivindicar os direitos durante o período da ditadura militar, os servidores públicos estaduais se reuniam em associações para trocar ideias e fazer um movimento de luta por direitos trabalhistas e por um serviço público de qualidade para a população. "Hoje, mais do que nunca, é necessário arregaçar as mangas. Entramos em um novo momento da história do Brasil e estão querendo tirar direitos dos servidores, mas a nossa vitória vai depender do tamanho de nossa luta", ressaltou.

Já o ex-presidente do Mova-se, Ulisses Moreira, disse que o sindicato nasceu na ilegalidade junto com a Central Única dos Trabalhadores(CUT) e apenas em 1988, com a promulgação da nova Constituição, a entidade foi legalizada. "Fomos o primeiro sindicato criado no serviço público no Ceará. Hoje vivemos um novo patamar. Estamos precisando começar tudo de novo".

Para Ulisses, somente a união dos trabalhadores vai vencer o ódio, as mentiras, as divisões que se espalharam nos últimos anos. Ele acrescentou que o País vive hoje uma crise de ideologia, moral e ética nunca presenciada antes em sua história.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Francisco Will, disse que a entidade se orgulha de ter o Mova-se no quadro de filiados. Segundo ele, um sindicato de que sempre está presente quando é chamado para ir às ruas lutar pelos direitos dos trabalhadores. "É necessário darmos as mãos para continuar na luta por nossos direitos", pontuou.

Ele criticou a decisão do novo governo federal de acabar com o Ministério do Trabalho, local onde os trabalhadores apresentam as reivindicações e fazem as negociações de direitos.

Além de Zélia Franklin de Albuquerque e Ulisses Moreira de Menezes, também foram homenageados, a ex-presidente do Mova-se, Alba Luci Rêgo de Muraro, representada por Socorro Mota, diretora de Saúde e Meio Ambiente do Mova-se; os ex-coordenadores Francisca Valderez de Albuquerque, Luiz Anísio de Lima, José Airton Lucena Filho (in memoriam), representado por Leiliane Monteiro de Azevedo; Aristélio de Oliveira  Gurgel, representado por Enedina Soares, João Batista Silva e o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público no Estado do Ceará, representado pela presidente em exercício do Mova-se Maria  Auxiliadora Alencar da Silva.

Também participaram da solenidade, o presidente da Federação Nacional dos Servidores e Empregados Públicos Estaduais e do Distrito Nacional (Fenasepe), Renilson Silva e o diretor nacional de saúde da federação, Hernesto Luz; a presidente da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), Enedina Soares; o ex-deputado estadual Antônio Carlos, representando a deputada federal Luiziane Lins; o presidente do Sindicato Apeoc, Anísio Melo; além de representantes de associações e sindicatos de Fortaleza, Caucaia, Morada Nova, Crato, Tauá, Juazeiro do Norte e Quixadá.

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