Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas afirmam checar fontes antes de compartilhar notícias
A maioria dos participantes (59,6%) afirmou que não, alegando que costumam checar as fontes antes. Outros 35,1% admitem já ter repassado conteúdos falsos, mas que estão mais atentos quanto a isso. Já 5,3% afirmaram nunca ter pensado sobre o assunto.
O deputado Sérgio Aguiar (PDT) diz ser cauteloso e não ter hábito de compartilhar notícias quer circulam em redes sociais. Ele alerta ainda para o fato de que nenhum meio de comunicação tem o condão de informar com 100% de veracidade. “A informação que ele passa é interpretada pelo seu corpo editorial. Cabe a nós, enquanto consumidores de informações, ponderar e medir o alcance”, considera.
Para o parlamentar, as fake news terão destaque este ano, devido às eleições, visto que há “profissionais” que têm como função criar esse tipo de informação. “Sem dúvidas, se isso for mantido, poderá influir diretamente no resultado dos pleitos”, acrescenta.
O deputado Evandro Leitão (PDT) observa que não compartilha notícias de forma alguma e que as pessoas, de um modo geral, têm facilidade em aceitar “tudo que falam na internet, independente de ser verdade ou não”. Para ele, é preciso estar cada vez mais atento às fontes das notícias compartilhadas, devido ao ano eleitoral.
Já o deputado Ely Aguiar (PSDC) reforça a necessidade de investigação e legislação que puna o profissional que produz esse tipo de informação. Segundo ele, a notícia falsa já vem com maldade, independente das motivações por trás. “A notícia falsa abala estrutura, destrói famílias e a honra das pessoas, então a Justiça precisa estar atenta este ano, pois as fake news vêm com tudo no período pré-eleições e vão prejudicar os bons e maus candidatos”, aponta.
O jornalista e professor Alisson Marques é mestrando em Comunicação e está escrevendo sua dissertação sobre fake news. Ele ressalta que hoje, com a web 2.0, todo mundo cria e compartilha conteúdo, mesmo sem checar. “O usuário comum não está habilitado para identificar se a notícia é falsa, ele não abre o Google para verificar se a notícia está em outros sites, ele não costuma fazer essa apuração”, explica.
Alisson Marques acredita que a disseminação de notícias falsas só irá diminuir se for feito um trabalho de conscientização e educação, que só deve ter efeito num longo prazo. "O Facebook, por exemplo, diz que está estudando formas de combater a propagação de notícias falsas. Mas como o usuário irá identificar se nem o Facebook sabe identificar quando um perfil é falso? É tudo muito novo", ressalta.
PE/AT