O presidente em exercício da Associação dos Profissionais de Segurança Pública do Ceará (Aprospec), Gustavo Simplício, queixou-se da defasagem salarial dos policiais civis cearenses. De acordo com ele, enquanto um delegado de polícia ganha hoje salário inicial de R$ 10 mil, um inspetor recebe R$ 2.600. “O governador em 2010 reconheceu, com a Lei 14.112, o professor da Academia como nível superior. Eles ganham uns R$ 4.700 inicial. E, ao mesmo tempo, ele não reconheceu que os inspetores e escrivães são de nível superior. Ou seja, criou uma disparidade dentro da própria categoria”, explicou Simplício.

Ele também reclamou do baixo efetivo. “Esse efetivo é datado de 1981, quando tínhamos 4.300 policiais. Hoje, 30 anos depois, nós temos quatro milhões de habitantes a mais, e a Polícia Civil está pela metade”, informou. Naquela época, o policial civil ganhava dez salários mínimos. Hoje, ele ganha apenas três salários mínimos”, comparou.

Representando a Superintendência da Polícia Civil do Ceará, Quintino Farias, disse que, no dia 10 deste mês no Centro de Convenções, o governador Cid Gomes vai ministrar aula inaugural para 740 novos policiais aprovados em concurso público. A quantidade de chamados, segundo Simplício, não repõe sequer a quantidade de homens que se afastaram. 

Estavam também presentes a deputada Eliane Novais (PSB); o procurador Antonio Iran Coelho Sirio; o coordenador do movimento Justiça Já, da Ordem dos Advogados do Brasil - secção Ceará (OAB-CE), Edimir Martins;  a presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Ceará (Sinpoci), Inês Romero Lima; e o presidente do Conselho Estadual de Segurança Pública do Ceará (Consesp), Alfredo Romcy.
CP/JU