Você está aqui: Início Últimas Notícias Procuradoria da Mulher apresenta aplicativo para denunciar violências
De acordo com a deputada, a Procuradoria realizou pesquisa para encontrar aplicativos que operam com demanda de ocorrências de violência contra a mulher, com intuito de encontrar ferramentas de informação e acesso mais rápido a esse público, o que acabou levando até o projeto realizado no curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, da Uni Leão Sampaio.
“Encontramos esse trabalho feito aqui no Estado e queremos apresentar para entender o que significa o aplicativo, para quê vai servir e como funciona. A ideia é apresentar ao Governo do Estado uma proposta concreta, de valores, pra ver a viabilidade e o que pode ser melhorado, já que a universidade está aberta a sugestões”, declarou.
Desenvolvido pelos professores de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Herlon Cortez e Renata Calina, juntamente com os estudantes do curso, o aplicativo funciona em smartphone android e pode ser baixado através do PlayStore.
Segundo Herlon Cortez, o app é prático e irrastreável, garantindo o anonimato das denúncias. “O app pergunta se você quer marcar sua localização ou dá a opção de fazer a denúncia através de um endereço, depois disso é escolhido o tipo da denúncia e no fim do processo o usuário pode acrescentar detalhes”, afirmou.
As marcações caracterizam no mapa a natureza da ocorrência, filtrando o mapa pelo tipo de denúncia. “Cada órgão, ao acessar os dados, procura de acordo com a competência dele. Por exemplo, a Delegacia da Mulher tem interesse na violência contra o gênero, então vai procurar pelas marcações desse tipo”, explicou.
Atualmente, o app está funcionando em fase de teste em Juazeiro. Conforme Herlon, a aceitação do público foi positiva e a expectativa é de que dentro de um mês o app passe a funcionar em caráter efetivo. “O que a gente esperava de acesso em seis meses, aconteceu em 24 horas”, destacou o professor.
A iniciativa para o desenvolvimento do projeto partiu de uma demanda do curso de Serviço Social da Uni Leão Sampaio. Conforme Herlon, devido ao número de casos de violência contra mulheres, homofobia, preconceito e maus-tratos na cidade, professoras de Serviço Social, que trabalham com problemas dessa natureza, levaram a demanda ao curso de Sistemas para realizar o mapeamento das ocorrências.
No próximo dia 17 de maio, será realizado uma reunião com conselhos, coordenadorias, entidades representantes dos direitos das mulheres e outras minorias, secretarias do Estado e deputados, para analisar o funcionamento e a viabilidade do projeto no Estado.
Também participaram da reunião o primeiro secretário da AL, deputado Audic Mota (PMDB), os deputados Dr. Santana (PT) e Fernanda Pessoa (PR), representantes da Associação de Municípios do Ceará (Aprece), do gabinete da vereadora Eliana Gomes (PCdoB), do deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE), da coordenadoria de Mulheres do Estado, além do coordenador de Juventude do Estado, David Barros.
CF/AP