Você está aqui: Início Últimas Notícias AL sugere medidas para cobrar conclusão da transposição do São Francisco
O presidente da Comissão, deputado Carlos Matos (PSDB), explicou que a obra ficou paralisada durante meses porque a empresa responsável desistiu de continuar o trabalho. Para que outra construtora assumisse a obra imediatamente, seria necessário fazer uma dispensa de licitação. Entretanto, isso dependeria do Governo do Ceará declarar estado de calamidade pública, mas se fizer isso poderá perder alguns convênios e prejudicar outros setores, disse o deputado.
Carlos Matos informou que uma comitiva de parlamentares e representantes de entidades fará uma reunião na próxima terça-feira (22/11), em Brasília, com senadores do Ceará, para articular uma marcha à Capital Federal, a fim de cobrar uma solução para os estados prejudicados pelo atraso na transposição.
Ele destacou também que a Comissão pretende discutir a execução de obras emergenciais como alternativa à transposição do rio São Francisco, como estruturas para reúso de água e construção de poços, com o objetivo de diminuir os efeitos da seca. Além disso, acatou a sugestão da deputada Goreti Pereira (PR) de tentar reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha
Por último, Carlos Matos informou que a Comissão irá articular, juntamente com representantes de câmaras de vereadores, assembleias legislativas e setores produtivos, a criação de um movimento que mobilize a sociedade e alcance todo o Nordeste para pressionar por uma solução para os estados.
A presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional, Recursos Hídricos, Minas e Pesca, deputada Laís Nunes (PMB), destacou os problemas enfrentados no município de Icó e afirmou que, se as águas do rio São Francisco não chegarem ao Ceará, o estado entrará em colapso. A parlamentar também se colocou à disposição para participar da reunião do dia 22 de novembro em Brasília.
O secretário de Agricultura e Pesca do Estado, Euvaldo Bringel, esclareceu que a obra já está atrasada e, quando for retomada, irá demorar aproximadamente um ano para ficar pronta. O gestor ressaltou que muitos produtores estão perdendo tudo que têm e que 2017 poderá ser um ano trágico se houver seca e não for tomada alguma medida urgente para amenizar seus efeitos.
O representante da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, Carlos Prado, adiantou que a Fiec está mobilizando as entidades do setor de outros estados para uma visita com seus representantes à obra, para mostrar o quanto a paralisação está prejudicando os estados nordestinos.
Também estiveram presentes à audiência pública o deputado Sérgio Aguiar (PDT); o representante da Fiec, Heitor Studart; o representante da Câmara Setorial da Fruticultura, Edson Baquit; o prefeito de Jaguaribara, Francini Guedes; o diretor do Dnocs, Ângelo Guerra; a deputada federal Gorete Pereira (PR-CE) e o representante da Funceme, Raul Fritz.
JM/CG