Para o parlamentar, a experiência do Sisar é um exemplo de política pública que acertou ao incluir a participação social. “O Sisar tirou da sede milhares de pessoas que pagam a água que consomem por um custo mais baixo. O sistema é eficiente e não custa praticamente nada ao governo”, afirma.
O Sisar foi criado pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), durante a gestão do ex-governador Tasso Jereissati, em 1996, com a proposta de desenvolver um modelo de gestão de abastecimento de água autossustentável, replicável e eficaz para atender as comunidades rurais e resolver um dos maiores problemas do Ceará: a falta d’água. O projeto é uma parceria da Cagece, Governo do Estado e o banco alemão KfW.
O Sisar atende hoje 520.759 pessoas, em 144 municípios cearenses, com 874 sistemas instalados. No sistema, quem executa os serviços de tratamento e distribuição de água são os próprios moradores, por meio de representação da associação do Sisar no local. Cabe à Cagece sensibilizar e capacitar os moradores, além de controlar e monitorar os resultados, explica o parlamentar.
Atualmente o Estado conta com oito Sisars distribuídos entre as 11 bacias hidrográficas, todos juridicamente independentes e compartilhando da mesma filosofia.
Durante esses cinco anos consecutivos de estiagem, as famílias atendidas pelo Sisar não precisaram recorrer ao carro-pipa para ter acesso à água, o que demonstra a capacidade de gestão da população envolvida no projeto, pontua Carlos Matos.
Na solenidade, serão homenageados o ex-secretário do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Adolfo Marinho; o gerente de Projetos de Mobilidade e Saneamento (banco KfW), Victor Bustani Valente; o presidente do Sisar/BAC, Luis Azevedo de Lima; a gerente de Saneamento Rural, Otaciana Ribeiro Alves; o presidente da Cagece, Neurisangelo Cavalcante de Freitas; e a sênior Water and Sanitation Specialist (Banco Mundial), Juliana Menezes Garrido.
WR/CG