Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas avaliam que PM é despreparada para atuar em manifestações
Na avaliação do deputado Carlos Felipe (PCdoB), a maioria dos internautas está com a razão, quando aponta o despreparo da PM na atuação em manifestações, mas salienta que também há um componente político nas ações da PM em determinadas mobilizações.
"Enxergo uma influência do viés político na repressão policial em algumas manifestações. Quando vemos que, em mobilizações recentes nos estados do Paraná e de São Paulo, por exemplo, que são governados pelo PSDB, geralmente os manifestantes agredidos são simpatizantes do PT e endossam o discurso do golpe", ressaltou o parlamentar.
Já o deputado Fernando Hugo (PP) descarta despreparo da PM na atuação em manifestações sociais, enfatizando que ela age de forma ostensiva e repressora quando há uma real ameaça ao patrimônio público e privado e à própria população.
"O que tenho visto, em diversas manifestações, é que os aparatos de segurança se utilizam de ações mais fortes e contundentes no sentido de conter atos de vandalismo e anarquia, que, em alguns momentos, surgem. Raramente vejo um policial chegando em uma manifestação e agredindo pessoas aleatoriamente", pontuou o progressista.
Para o professor do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará (UFC) e integrante do Laboratório de Estudos da Violência (LEV) da UFC, César Barreira, a PM não está preparada para atuar em manifestações por conta de uma cultura de enfrentamento impregnada na prática policial, em vez de administrar potenciais conflitos.
"A polícia precisa ter em mente que, em manifestações, ela está lidando, a princípio, com cidadãos e não com bandidos. Ela precisa passar por uma mudança conceitual de mentalidade em relação às suas abordagens", defendeu César Barreira.
Ainda segundo o professor, seria necessário uma formação mais moderna dos policiais militares, no sentido de prepará-los para conter a violência e administrar conflitos em manifestações, moldando-os para dar mais segurança aos cidadãos e não serem vistos como inimigos da população.
RG/GS