As inscrições serão realizadas exclusivamente de forma eletrônica, mediante o envio de currículo (Vitae ou Lattes) para e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., no período de 26/01 a 31/01, até as 23h59. O pesquisador selecionado, que trabalhará sob carga horária de 30 horas semanais, receberá remuneração mensal no valor de R$ 2.600,00.
Para se inscrever, o candidato deverá possuir diploma de nível superior, em qualquer área. As vagas são para realização de pesquisa de campo em territórios com incidência de homicídios na adolescência e em centros educacionais de privação de liberdade de adolescentes, de acordo com os parâmetros metodológicos estabelecidos pela coordenação da pesquisa.
Iniciativa da Assembleia Legislativa, o Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência foi lançado no último dia 11 de dezembro, pelo presidente da Casa, Zezinho Albuquerque (Pros), pela vice-governadora Izolda Cela, e pelo presidente do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Gary Stahl.
O Comitê, que vai investigar as razões que levaram jovens cearenses a ser assassinados ou cometer homicídios, suas trajetórias de vida e a ambiência afetiva dos seus entornos familiares e sociais, é presidido pelo deputado estadual Ivo Gomes (Pros) e tem como relator o deputado Renato Roseno (Psol).
De acordo com o presidente do Comitê, no fim da pesquisa, a instância vai propor ações concretas para que esse fenômeno seja evitado. "Vai ser um trabalho complexo e inovador”, explicou Ivo Gomes.
Sob coordenação técnica do Unicef, segundo detalha o parlamentar, serão realizadas pesquisas de campo e audiências públicas, com a elaboração de um relatório com propostas de intervenção, por meio de políticas públicas.
No âmbito da Assembleia Legislativa, um comitê semelhante foi instalado em 2004 para o enfrentamento do analfabetismo escolar, também sob a presidência do deputado Ivo Gomes. Os resultados apresentados pelo grupo, à época, serviram de base para o Programa de Erradicação do Analfabetismo Escolar, posteriormente transformado em Programa de Alfabetização na Idade Certa (Paic), transformando-se em política nacional.
“É uma feliz coincidência nos encontrarmos novamente, a Assembleia, o Governo do Estado e o Unicef. Na época, nós ficávamos intrigados com a seguinte questão: se todos os argumentos que usavam para justificar o fracasso da escola estavam melhorando, como aumento no salário de professores, melhoria nas estruturas das escolas etc., por que os meninos continuavam sem aprender? Então, nós tínhamos uma hipótese: os alunos não estavam aprendendo a ler, o que comprometia todo o resto do aprendizado. Essa hipótese foi comprovada pelo Comitê, e a nossa sugestão de política pública tornou-se realidade com muito êxito”, destacou Ivo Gomes.
Da Redação/JU