A parlamentar explicou que foi procurada por representantes de diversos municípios cearenses, que afirmam estar tendo perdas econômicas por conta das ações criminosas. Segundo a deputada, é preciso uma ação mais eficaz do Poder Público no sentido de inibir essa prática.

“Tem município que está perdendo muito, porque muitas pessoas fazem saques em outras cidades, com medo das ações dos bandidos. A população está refém desses criminosos”, afirmou.

Para o representante da Secretaria de Segurança Social do Estado, delegado Rhafael Vilarinho, o estado do Ceará tem encontrado números positivos com relação a esse tipo de crime. De acordo com o delegado, o Ceará é o estado do Nordeste com menores índices.

“Em 2013, tivemos um aumento de 111%. Já em 2014, houve uma redução de 40%. Este ano, até setembro, foram 52 ataques. Mas já tivemos uma redução de 38% no ataques a bancos com explosivo, em comparação ao mesmo período”, argumentou.

Ainda segundo o delegado, a redução se dá por conta da parceria entre as polícias e a segurança bancária. “Temos a convicção de que devemos melhorar, mas estamos no caminho certo”, complementou.

Já o representante da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Carlos Alberto de Campos, destacou que o problema só será resolvido com uma parceria forte entre o Poder Público e a segurança privada. Ele afirmou que os bancos têm realizado um trabalho intenso, que tem dado resultados.

“Não dá para ter sucesso se não tivermos a parceria. Hoje, já são mais de 68 mil vigilantes em todo o Brasil. Sabemos que não dá para brincar de fazer segurança, e os bancos têm tido essa preocupação”, pontuou.

Representantes de diversos bancos privados presentes ao evento concordaram com as afirmações de Carlos Alberto. Para eles, é preciso buscar uma forma direta de proteger a integridade física das pessoas que trabalham e frequentam as instituições bancárias.

O debate contou ainda com a participação do gerente de ambiente de segurança do Banco do Nordeste, José Bailean; do gerente regional do Bradesco, Jô Vieira; dos representantes do Banco do Brasil, Emanoel Oliveira; da Federação Nacional dos Policiais Federais, Francisco Carlos, e da Prefeitura de Barreira, Antônio Saldanha.
DF/JU