O executivo participou da sessão especial sobre a Medida Provisória nº 564, realizada no Plenário 13 de Maio, da Assembleia Legislativa, que reuniu representantes do BNB, do Congresso Nacional e da sociedade. A MP tira a exclusividade do BNB na operação do FDNE e tem como relatores o deputado federal Danilo Forte e o senador Eunício Oliveira, ambos do PMDB cearense.
Segundo Ferraro, a soma dos investimentos do FNE e do FDNE não é suficiente para alimentar a economia nordestina. Na opinião do diretor, as duas fontes funcionam como alavancadoras de outras possibilidades. “O FNE, com R$ 11 bilhões, não dá (para tudo); que dirá o FDNE com R$ 3 bilhões”, declarou. O valor deve ser aplicado de forma igualitária entre os 11 estados da área de atuação do BNB, segundo Ferraro. “A demanda de projetos apresentados é cinco vezes maior que o capital do FNE. Precisamos pensar o FDNE sem centralizar em um, dois ou três projetos. O capital do FDNE tem que ter a finalidade de abranger o maior número de operações possíveis nos 1.969 municípios do Nordeste”, explicou. Ferraro lembrou que o BNB, há 60 anos no mercado, é a nona instituição com maior aplicação de créditos no País.
O senador Inácio Arruda (PCdoB) afirmou ser importantíssima a aprovação da MP para que o Brasil enfrente a crise econômica vivida pela Europa e pelos Estados Unidos. “O Governo Federal lançou o plano “Brasil Maior”. Agora reforça esse plano com a MP 564. Busca fazer um esforço extraordinário sobre o programa de desenvolvimento e reduzir a carga tributária do País, desonerando uma série de setores. Devemos aprová-la e aperfeiçoá-la no sentido de agregar setores importantes para nós. Fortalecer o BNB é responder ao impulso econômico do Nordeste de hoje”, considerou, defendendo a desburocratização dos processos para que recursos não sejam devolvidos à União.
Já o empresário Raimundo Viana, ex-secretário estadual da Indústria e do Comércio, presente na plateia, afirmou que a verba destinada ao BNB para o desenvolvimento do Nordeste sempre foi vítima do boicote de estados do Centro-Sul brasileiro. “Porque o BNB é o nordestino que deu certo. Mas, enquanto o BNB aplica no Nordeste, bancos privados levam dinheiro para o Sul”, lamentou.
Acompanharam a sessão os deputados Sérgio Aguiar (PSB), Ronaldo Martins (PRB), Cirilo Pimenta (PSD), Lula Morais (PCdoB) e Júlio César Filho (PTN).
BC/AT