Você está aqui: Início Últimas Notícias AL debate MP 564/12 que retira exclusividade do BNB sobre o FDNE
O deputado Carlomano Marques (PMDB), que sugeriu o debate, destacou a importância do BNB, defendendo que os recursos do FDNE continuem sendo operados exclusivamente pela instituição. Para ele, há que se ter um “entrelaço” de forças para que o BNB “possa continuar prestando benefícios à grande parte da sociedade”.
Ao fazer uma exposição da Medida Provisória, o deputado Danilo Forte (PMDB-CE), relator da matéria na Comissão Mista de Análise, ressaltou a preocupação da presidente Dilma Rousseff com a economia internacional e disse que a propositura pretende dinamizar o mercado brasileiro colocando mais recursos, sobretudo nos setores industriais e de serviço.
Nesse sentido, o parlamentar acredita que através do fortalecimento da indústria brasileira, que estaria mais preparada para o mercado, o país poderá sair da miséria. De acordo com ele, 15,6 milhões de brasileiros vivem com menos de R$ 3 por dia.
Entre os benefícios trazidos pela MP, o parlamentar citou a renegociação de dívidas de alguns setores que já tiveram investimentos do Governo Federal e por inconstâncias do mercado internacional ficaram inadimplentes. “Então é importante valorizar esses setores para que não ficassem mais uma vez marginalizados, impedidos de funcionar na sua plenitude. Essa medida abriga condições para que esse empreendimento não fique penalizado”, explicou.
O parlamentar informou que está sendo realizada uma série de audiências públicas reunindo os ministros das áreas e as entidades que representam os setores envolvidos, para garantir que sejam ouvidos todos os interessados e assim construir um consenso para aprimorar a MP. “Com toda essa peregrinação a gente poderá construir um relatório, o mais abrangente e consensual e ajudar o Brasil a crescer e ter mais importância no comercio mundial”, concluiu.
O deputado João Ananias também manifestou sua preocupação “enquanto cearense” com o possível compartilhamento de gestão dos recursos, defendendo exclusividade do BNB no gerenciamento do fundo. “Me preocupa muito dividir essa gestão. A musculatura do BNB não pode ser comparada a Caixa Econômica Federal e ao Bando do Brasil”, avaliou. O parlamentar deixou claro que não se considera um crítico da presidente Dilma, mas “é preciso entender que o Nordeste é desigual, foi mal tratado ao longo da história. Temos esperança de que isso vai ser corrigido”, disse.
Participaram ainda o diretor de Negócios do BNB, Paulo Sérgio Rebouças Ferraro; presidente da Associação dos Funcionários do Banco do Brasil (AFBNB), Rita Rosina; o deputado federal Chico Lopes (PCdoB) e o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE).
LS/CG