Na ocasião, foi reinaugurado o Escritório de Direitos Humanos Frei Tito de Alencar, no Edifício Governador Adauto Bezerra. e foi lançado o livro “Um Homem Torturado: nos passos de Frei Tito de Alencar”, de Clarisse Meireles e Leneide Duarte-Plon, bem como a Coletânea de Direitos Humanos, organizada pela deputada Eliane Novais (PSB).
Durante a solenidade da entrega do Prêmio, Eliane Novais ressaltou o compromisso que padre Haroldo tinha com os mais pobres e a coerência de sua militância política ao longo dos anos. ”Padre Haroldo denunciou e repudiou todas as formas de opressão, de concentração de riqueza e de segregação social vigente em nosso Estado, no País e no mundo. Foi, portanto, um forte combatente de um modelo de desenvolvimento que há anos vem promovendo a desigualdade social”, afirmou.
A parlamentar também destacou o esforço do religioso na construção de um modelo de desenvolvimento inclusivo. “A luta de Padre Haroldo deve ser a luta de todos que militam em defesa dos direitos humanos e que querem construir um modelo de sociedade verdadeiramente justa, livre, autônoma e igualitária”, disse.
O Prêmio foi entregue ao sobrinho de padre Haroldo, Tadeu Robson de Araújo Coelho, que representou a família. Ele agradeceu a homenagem e. bastante emocionado, falou sobre a maneira de padre Haroldo se relacionar com a família e com as pessoas. “Ele amava a gente. Era um ardoroso defensor dos direitos humanos, principalmente dos mais necessitados e oprimidos” afirmou.
O deputado estadual Adriano Diogo (PT-SP), presidente da Comissão Estadual da Verdade Rubens Paiva, de São Paulo, lembrou os 50 anos da Ditadura Militar e disse que do mesmo modo como Frei Tito, padre Haroldo resistiu à ditadura com a sua vida. “A morte de Frei Tito foi o ato mais cruel da ditadura. Nessa data, em que homenageamos o padre Haroldo, repudiemos qualquer forma de volta à ditadura, porque o povo brasileiro não merece”, ressaltou.
ESCRITÓRIO
Antes da solenidade de entrega do Prêmio, foi reinaugurado o novo espaço do Escritório de Direitos Humanos Frei Tito de Alencar, no Edifício Governador Adauto Bezerra. A placa foi descerrada pela deputada Eliane Novais (PSB), pelo primeiro secretário da Casa, deputado Sérgio Aguiar (Pros), representando o presidente da AL, Zezinho Albuquerque (Pros), pelo deputado Adriano Diogo (PT-SP), pela ex-prefeita de Fortaleza, Maria Luiza Fontenelle. e por Nildes Alencar Lima, irmã de Frei Tito.
Também participaram da sessão solene, a professora Lúcia Alencar, presidente do Instituto Frei Tito; o padre Hermano Allegri, diretor da Adital; Valter Pinheiro, do Comitê Memória Verdade e Justiça do Ceará; o vereador João Alfredo (Psol); e Pedro Albuquerque, da Associação 68/69, dentre outros convidados.
WR/CG