Filho de uma pianista gaúcha e de um imigrante italiano radicado em Porto Alegre foi envolvido desde cedo pela paixão que os pais nutriam pela ópera. Uma influência constatada no nome dos três filhos do casal: Radamés, Aída e Ernâni, todos personagens de óperas de Verdi.
Aprendeu piano com a mãe e, aos nove anos, ganhou um prêmio por sua atuação como regente de uma orquestra infantil, que tocou arranjos feitos por ele. Aos 14, entrou para o Conservatório de Porto Alegre para estudar piano e acabou dominando também a viola.
Nesta época, frequentava blocos de Carnaval e grupos de seresteiros boêmios e, na impossibilidade de levar o piano, aprendeu a tocar cavaquinho.
Até se formar no conservatório, estudava para ser concertista e tocava em cinemas e bailes para se sustentar. Em 1924, recém-formado, foi para o Rio de Janeiro para uma apresentação no Teatro Municipal, executando um concerto de Tchaikovsky, sob regência de Francisco Braga. Na viagem, conheceu o compositor Ernesto Nazareth e passou os dois anos seguintes entre Porto Alegre e Rio, sempre trabalhando com música erudita.
No início dos anos 1930, passou a morar no Rio de Janeiro, onde estreou como compositor, com a apresentação de Rapsódia Brasileira, interpretada pela pianista Dora Bevilacqua. Na época, pelas dificuldades da carreira de concertista, resolveu investir na música popular.
Em 1932, começou a atuar como pianista das Orquestras Típica Victor, Diabos do Céu e Guarda Velha. Como na época não se aceitava músico erudito fazendo música popular, passou a utilizar o pseudônimo de Vero, o masculino de Vera, nome de sua mulher.
Suas valsas Vibrações d'alma e Saudosa foram gravadas em 1933 pela Orquestra Típica Victor.
Produzido por Fátima Abreu e Ronaldo César e apresentado por Narcélio Limaverde, Brasilidade vai ao ar, a partir das 18h, com reprise nas terças, às 23h.
Da Redação