O cantor fez sua estréia em 1918, aos 20 anos, e gravou seu primeiro LP no ano seguinte, pelo selo Popular, interpretando a marcha carnavalesca “O pé de anjo’ e o samba “Fala, meu louro”.
Em 1921, foi convidado a trabalhar no Teatro São José, no Rio de Janeiro, em revistas musicais, interpretando sucessos de Vicente Celestino. Em 1924 foi contratado pela gravadora Odeon, mas foi em 1927 que alcançou o reconhecimento com o samba “Ora vejam só”, grande sucesso do Carnaval daquele ano. Também gravou o samba “O que é nosso”, que venceu um concurso de músicas de Carnaval promovido pelo jornal Correio da Manhã.
Francisco Alves continuou gravando músicas de Carnaval de sucesso pela gravadora Odeon. Em 1939, estreou na Columbia e teve grande influência na música produzida durante a Era de Ouro do rádio. Naquele ano, lançou com Dalva de Oliveira os sambas "Brasil!" e "Acorda Estela". No mesmo ano, foi responsável por um marco da música Brasileira, com a primeira gravação de "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso, com arranjo de Radamés Gnatalli.
De volta à Odeon, nos anos de 1940, gravou sucessos como o samba "Sandália de prata", "Cinco letras que choram (Adeus)", "Nervos de aço","Falta um zero no meu ordenado", além de uma dos clássicos da música popular brasileira, "Marina", de Dorival Caymmi.
Em 1952, com 54 anos, o cantor sofreu um acidente automobilístico, que calou para sempre uma das vozes mais celebradas do País.
Com produção de Fátima Abreu e Ronaldo César, e apresentação de Narcélio Limaverde, o programa Brasilidade vai ao ar aos domingos, às 18h, com reprise nas terças-feiras, às 23h.
JM/CG