Você está aqui: Início Últimas Notícias Oficina debate fortalecimento de cadeias produtivas complementares ao CIPP
O presidente do Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos da Assembleia Legislativa, deputado Lula Morais (PCdoB), ressaltou a potencialidade do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), com destaque para a nova cadeia produtiva que se estabelece com a implantação do Porto no Estado do Ceará. Segundo ele, os grandes empreendimentos construídos no CIPP estimulam o desenvolvimento de novas cadeias produtivas em toda a região do Complexo, ultrapassando as fronteiras do empreendimento.
“Nesse sentido, é importante discutirmos como nós vamos nos preparar para possibilitar que esse ganho seja para os cearenses, para a economia do Estado, que não importemos mãos de obra, mas qualifiquemos para ocupar esse espaço de oportunidades que está sendo criado no Complexo”, explicou. Lula Morais disse que, daqui a três ou quatros anos, com a siderúrgica, por exemplo, vai haver um determinado contingente de trabalhadores que serão dispensados. “E aí? O que nós vamos fazer com essa mão de obra flutuante?”, questionou.
Por sua vez, a consultora do Conselho, Rosana Garjulli, salientou a importância de discutir os desafios das cadeias produtivas, de modo que todo o Estado se beneficie do CIPP, e não apenas o entorno (do Complexo) e Fortaleza, que já concentra muitas atividades. “O CIPP pode significar também uma alavanca importante para outros tipos de produtos e insumos que podem ser oferecidos ao seu processo de produção e que estão em outras regiões do Ceará”, disse. Um dos caminhos a ser trilhado é fazer um levantamento do que precisam as empresas como siderúrgicas e refinaria em processo de instalação no Complexo Portuário, a longo prazo, em termos de mão de obra, insumos e serviços.
Durante a oficina, foram discutidas propostas como o fortalecimento do empreendedorismo local e do adensamento de cadeias produtivas, o levantamento da existência de mão de obra indireta, o apoio aos arranjos produtivos locais com foco em novas tecnologias e a agricultura orgânica, o fomento à rede de empreendedores locais, rede de fornecedores (comércio, serviços, indústrias e agricultura) e garantia de apoio a pequenos produtores, a redução do desperdício de alimentos e o aumento da eficiência agrícola, de modo a garantir a segurança alimentar.
Além do secretário-executivo do Conselho de Altos Estudos, Francisco Viana, participaram do debate representantes de órgãos, instituições públicas, entidades e associações como Secretaria do Planejamento e Coordenação do Ceará (Seplan), Associação das Empresas do Distrito Industrial (AEDI), Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), entre outras.
LS/CG