Lançamento do livro “Quando os Assentados Chegaram”
Foto: Dário Gabriel
O livro “Quando os Assentados Chegaram”, do sociólogo cearense Marcos Paulo Campos, foi lançado nesta quinta-feira (26/06) durante solenidade no Comitê de Imprensa da Assembleia Legislativa. A obra, resultado da dissertação de mestrado em Sociologia, narra a luta dos trabalhadores sem terra durante a ocupação das Fazendas Reunidas São Joaquim, no município de Madalena, no Sertão Central do Ceará.
A deputada Rachel Marques (PT), que presidiu a solenidade, afirmou que a obra traz uma contribuição importante sobre essa parte da história do Ceará ao mostrar o início das lutas sociais e a participação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no processo de reforma agrária. “É uma contribuição para historiadores, intelectuais, estudantes e para pessoas interessadas em conhecer as lutas sociais no Ceará”, frisou.
Para o deputado Camilo Santana (PT), que também participou do lançamento do livro, é um documento importante sobre o movimento sem terra e sobre o processo de reforma agrária no Ceará.
Já o autor do livro, Marcos Paulo, o que o motivou foi o fato de não existir relatos sobre a reforma agrária no Estado. “O leitor pode esperar os detalhes de um capítulo não contado da história do Ceará. Uma obra que fala sobre a ocupação do maior latifúndio cearense, com o envolvimento de cerca de 1.500 pessoas. Foi a partir da luta desses trabalhadores que teve início a discussão sobre a reforma agrária no Estado”, informou o autor.
O presidente do Instituto de Estudos e Pesquisas sobre o Desenvolvimento do Estado do Ceará (Inesp), Ilário Marques, fez um breve relato sobre os acontecimentos após a ocupação da área pelos trabalhadores e disse que o livro “Quando os Assentados Chegaram”, crava no tempo a mítica do que foi a ocupação da fazenda na época. Mostra o período de luta da resistência. Tenho convicção hoje de que o latifúndio perdeu, mas os trabalhadores ainda não podem ser considerados vitoriosos. É preciso avançar ainda mais na questão da reforma agrária”, afirmou.
Também participaram da solenidade a professora Irlys Barreira, responsável pela orientação da pesquisa; representantes do Instituto Nacional da Reforma Agrária no Ceará (Incra) e do MST; professores, estudantes e familiares de Marcos Paulo.
WR/LF