Segundo ele, a principal queixa dos parlamentares que estiveram no local é quanto ao aumento do preço da obra. Inicialmente, a transposição estava orçada em R$ 4,5 bilhões. “O valor foi aumentado e hoje está previsto que a obra custará R$ 8,1 bilhões”, disse. Em razão do aumento orçamentário, segundo Hugo, deputados pedirão ao Tribunal de Contas da União (TCU) que investigue como estão sendo aplicados esses recursos e quais foram os motivos para que a transposição tenha sido majorada em 82%.

“A obra não só está abandonada como há um grande processo de desordens comportamentais. Um deles é que foi construído um chafariz que abastece uma comunidade, que deverá ser arrancado do local. E esse povo vai beber água de onde?”, indagou.

Ainda conforme ele, alguns trechos da obra apresentam erosão e crescimento da vegetação. “Não dá para deixar de lamentar o descaso e o abandono com aquela que seria a mais importante obra do PAC no Norte e Nordeste”, pontuou.

Em aparte, o deputado Dedé Teixeira (PT) disse que a transposição é uma obra imperial e, pela sua complexidade, apresenta alguns problemas. “Mas ela fará com que 12 milhões de habitantes, de vários estados, tenham abastecimento de água e, consequentemente, melhorem suas vidas”, avaliou.  Ele salientou ainda que outras obras, como a de construção do açude Castanhão, devem ter sido majoradas “no governo de Fernando Henrique Cardoso”.  

Hugo disse que a obra da transposição “já alcançou um percentual de majoração de 82% e, mesmo assim, não será concluída em 2012”. Ele disse que, dessa maneira, fica difícil saber “quanto vai ser gasto até a sua conclusão”. EU/CG