“Acompanhamos daqui a grande discussão que se travou em torno dessa obra. Houve até greve de bispo e em diversos trechos aconteceram problemas de diversas naturezas. Mas muitas outras obras tiveram majoração de preços”, acentuou Dedé Texeira. Segundo ele, no município de Mauriti já fizeram um túnel, apesar de haver trechos parados. “Mas é uma obra redentora. Nenhum presidente desse País teve coragem de enfrentá-la”, assinalou.

Segundo Dedé, os maiores desafios da transposição são advindos da “grande burocracia” para a execução da obra. Não necessariamente da escassez de recursos destinados à construção, “como querem imputar”.  Para o deputado, a vontade de realizar a transposição é maior do que os obstáculos. “É um caminho que vamos encontrar e, após a transposição, o Nordeste será outro”, afirmou.

Em aparte, o deputado Antonio Carlos (PT) disse que grandes obras federais no Ceará estão sendo realizadas pela gestão do PT, como o  Castanhão, “que foi concluído no Governo Lula”; o Metrofor, “que há 13 anos está atrasado e vai funcionar este ano, no governo da presidente Dilma”. Além disso, o petista pontuou que a ferrovia Transnordestina e a transposição são obras gigantescas.

O deputado Carlomano Marques (PMDB) considerou que, no conjunto de 200 milhões da população brasileira, não teria outro Ciro Gomes para enfrentar uma discussão desigual, como ele enfrentou com a Igreja e oligarquias da Bahia e Sergipe, e grande parte da mídia do Sul e do Sudeste, para transformar a transposição em uma realidade. “A parte difícil foi feita. Reajustes a aditivos acontecem em todas as obras. Não é por má fé, mas porque a burocracia é lenta”, observou.

EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO
Dedé Teixeira adiantou ainda ter participado de audiência concedida pelo governador Cid Gomes ao sindicato dos petroleiros, para tratar da exploração da  fazenda Belém, no município de Aracati. A localidade produz petróleo há 32 anos em terra e precisa de novos investimentos para se manter produtivo até 2025.

O parlamentar informou que está prevista para até 2014 a perfuração de mais 1.020 poços na fazenda, o que duplicará o número de empregos, a arrecadação e royalties. Porém, é necessário assegurar o investimento de quase R$ 1 bilhão nos próximos três anos, e o devido licenciamento ambiental, que está retardando a vinda destes recursos. O governador Cid Gomes, segundo Dedé, determinou que os processos de licenciamento ambiental sejam acelerados.
JS/AT