Para Heitor, o ataque do peemedebista é um sinal de falta de argumentos para contestar as novas provas apresentadas no começo da sessão da existência de um esquema de enriquecimento ilícito. “Não há como defender os que detêm os empréstimos e o deputado traz para cá temas outros, dispersando o assunto”, comentou.
Férrer também contestou a fala de Carlomano de que o pedetista não tecia críticas à atual gestão de Fortaleza por deter cargos na administração. “Tendo eu cargos pra me calar, me pergunto: o que tem o deputado no Governo do Estado para fazer tamanhas defesas? Tenho dois irmãos na administração pública porque são servidores públicos desde 1981. E estão lá por competência própria e decisão do próprio poder municipal”, frisou.
O parlamentar explicou que não traz temas do municipalismo para a tribuna da Casa em obediência a um pedido feito pela Mesa Diretora aos 46 deputados, no sentido de evitar problemas com a Justiça Eleitoral. “Seria eu um louco para aqui já estar aqui expondo um programa para Fortaleza. Eu estaria atropelando o que mais zelo, que é a lei”, ponderou.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PV) criticou o silêncio do Governo sobre o problema dos consignados. “É um assunto que falta muito a ser explicado. Poderia tudo estar totalmente esclarecido e nós poderíamos até estar enganados. Mas o abortamento de tentativas de se dissecar o mecanismo de empréstimos gera esse tipo de situação”, disse.
Líder do Executivo na AL, o deputado Antonio Carlos (PT), classificou o pronunciamento de Heitor Férrer de “café requentado”. E ponderou: “eu defendo o Governo por uma concepção programática; por uma aliança política”.
Discurso reforçado pelo líder do bloco PT-PSB, deputado Welington Landim (PSB): “tenho a convicção de que não existiu nenhuma ilegalidade. É uma falha grave Vossa Excelência dizer que o Governo tira dinheiro do servidor. São praticados juros de mercado. Mas, se existe alguma dúvida ainda evidentemente que Vossa Excelência tem o direito de questionar”.
BC/CG