O deputado disse que março está no fim e não há previsão de chuvas para o Sertão Central. “Mesmo que chova em abril, isso não nos dá segurança de uma boa colheita”, afirmou. Cirilo Pimenta ressaltou que a agricultura tem exercido importante influência na formação do Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará e merece atenção.
Ele lembrou que várias ações já melhoraram a convivência do homem com a seca no semiárido. Citou como exemplos o seguro safra, o Bolsa Família e a entrega de semente selecionada, tecnologia que permitiu a germinação mais rápida e encurtou o período da produção agrícola, com o aproveitamento das quadras chuvosas mais curtas. “Foram construídos novos açudes, a reforma agrária ajudou também, mas precisamos de ações urgentes e providenciais para diminuir os transtornos com as poucas chuvas em 2012”, disse.
O deputado defendeu o melhor aproveitamento da água para produção de alimentos e para a manutenção do rebanho, em especial o leiteiro, além da política de preços para itens agrícolas. “O produtor precisa de estímulo e é importante a ação da Conab no período de estiagem, oferecendo preço justo ao milho, por exemplo, porque a produção já é menor que a quantidade consumida no Estado”, registrou.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PV) ressaltou a importância do Pacto das Águas, organizado pelo Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos da Assembleia Legislativa, que produziu um estudo “de alta profundidade” sobre o tema. Ele disse que muitas políticas já melhoraram a situação no campo como o Projeto São José. “Mas precisamos melhor aproveitar a água que temos e conviver com a pouca regularidade pluviométrica”, comentou.
Para Moésio Loiola (PSD), existem contrastes no Estado, como o grande potencial hídrico no Vale do Jaguaribe e a pouca água em cidades como Jardim. “Precisamos observar isso e melhorar essa reserva hídrica, cuidando da questão da salinidade da água também”, disse.
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