Você está aqui: Início Últimas Notícias Welington Landim aponta dificuldades financeiras dos municípios do Ceará
Nenhuma cidade de porte médio cearense, conforme o parlamentar, pode fazer um bom planejamento para resolver problemas básicos como de água, esgoto e saneamento, sem apoio dos governos. Segundo avalia o deputado, na atenção primária de saúde, o problema se repete. As prefeituras realizam um leilão para conseguir contratar profissionais.
Welington Landim também citou a reportagem do Fantástico “demonstrando que a corrupção está entranhada na cultura brasileira”. Ele lembrou que, em passado muito recente, só os políticos eram culpados. “Mas observo que onde há corrupto há corruptor. Hoje, se chega à conclusão que está no comerciante, empresário, cidadão comum e no profissional liberal, que sempre pergunta se é com ou sem recibo”, assinalou.
As práticas criminosas, contudo, não justificam o que acontece no serviço público, na avaliação do socialista. “Há ainda uma cultura horrorosa para a liberação de verbas. O deputado federal tem direito a fazer as emendas de bancada e individuais. Para ele conseguir retirar uma emenda precisa beijar a mão do Executivo, mesmo com todos os procedimentos burocráticos totalmente regulares. Quando tudo está resolvido é um trabalho hercúleo para qualquer município conseguir aprovar na Caixa Econômica o seu financiamento. Há projetos que aguardam 90 dias para um engenheiro da caixa oferecer um parecer em uma obra”, disse.
Welington Landim observou ainda que a desigualdade entre as pequenas cidades e as grandes vai aumentar ainda mais com a Copa do Mundo, porque grandes volumes serão canalizados para as capitais e regiões metropolitanas, enquanto as localidades interioranas continuarão desassistidas.
Em aparte, o deputado Moésio Loiola (PSD) disse que o problema de cidade pequena vai ser agravado. “Qualquer prefeito de pequenas cidades tem para investimento uma sobra em torno de R$ 200 mil por ano, o que é irrisório. Eles estão virando pagador de folha de pagamento. Isso porque, foram municipalizadas as obrigações, mas não repassaram recursos para o cumprimento destes deveres transferidos”, desabafou.
JS/AT