Você está aqui: Início Últimas Notícias Autoridades discutem na AL formação de comitê para libertar “heróis cubanos”
A parlamentar ressaltou a importância de abraçar a causa e esclarecer a população, pois existe um bloqueio claro da mídia em explorar o episódio que envolve os cubanos Gerardo Hernández, Antonio Guerrero, Ramón Labañino, Fernando e René González. “As discussões não servem apenas para lutar pela liberação dos cinco heróis, mas também como alerta para nos precavermos para possíveis acontecimentos envolvendo os brasileiros”, frisou a deputada.
O ex-presidente do Conselho Federal da OAB, César Brito, explicou que os EUA não toleram a existência de uma ilha há poucos quilômetros de Miami que vive um regime socialista desde 1959. Por isso, organizou ataques terroristas. Contra o terrorismo na ilha, patrocinado pela extrema-direita da Flórida e realizado por mercenários, o governo cubano organizou a operação Vespa, e encaminhou espiões para Miami para investigarem as organizações terroristas infiltradas entre os cubanos moradores nos EUA. Esses espiões não iriam investigar o governo norte-americano, mas as organizações terroristas.
César Brito, que acompanhou o julgamento de um dos cubanos, afirmou que após a prisão, eles passaram por seis meses de julgamento e tiveram penas que violam todos os direitos de um ser humano, entre elas, a condenação a duas prisões perpétuas e mais 15 anos. “Com tamanha injustiça, encabeçamos um movimento para tentar que os EUA deportem os cubanos. Também conseguimos a redução da pena. Precisamos nos mobilizar para evitar que esse tipo de injustiça volte a acontecer”, explicou.
Para o presidente da OAB-Ceará, Valdetário Monteiro, a mobilização é importante para evitar casos parecidos contra brasileiros. Valdetário também lembrou a espionagem à presidente Dilma Rousseff e à Petrobras.
Já a vice-presidente da Associação de Amizade do Brasil-Cuba, Maria Eunice, lembrou que o órgão realizou a 3ª Campanha Estadual em Solidariedade a Cuba no início desse ano, e um dos temas mais discutidos foi a libertação dos cubanos. Maria também defendeu uma campanha para esclarecer o caso junto a estudantes, classe política e revolucionária do Estado. “Temos que seguir o exemplo de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Brasília e abraçar a causa”, frisou.
Participaram da audiência o deputado Lula Morais (PCdoB); a presidente do Instituto Frei Tito de Alencar, Lúcia Alencar; o representante do Comitê pelo Direito à Memória e à vida, Silvio Mota; e o conselheiro da Comissão Nacional de Anistia, Mário Albuquerque.
MA/LF