A Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia se reuniu nesta terça-feira (28/05), para buscar soluções para os problemas relatados por consumidores e empresas em relação ao atendimento pela Coelce no Estado. A reunião foi motivada pelo grande número de reclamações sobre o serviço e o não cumprimento de ligação de energia em empreendimentos empresariais e imobiliários, que passam meses à espera. Na ocasião, foi sugerido que a empresa assine um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), junto à Aneel e que as ações de melhoria nos serviços tenham prazos para serem realizadas.
A audiência foi requerida pelo deputado Fernando Hugo (PSDB) e contou com a presença dos deputados Lula Morais (PCdoB) e Carlomano Marques (PMDB); do diretor institucional e de Comunicação da Coelce, José Nunes Almeida; do presidente do Conselho Diretor da Agência Reguladora de Serviços Públicos (Arce), Guaraci Aguiar, e do consultor da área de energia da Fiec, Jurandir Picanço.
Lula Morais ressaltou que a empresa é extremamente rentável. Segundo o parlamentar, só no ano passado, a Coelce registrou crescimento de 17,5% de lucro líquido, em relação ao faturamento. Ele questionou ainda se o valor de investimento diminuiu para preservar as remessas desses lucros para o exterior. O deputado Carlomano Marques relatou falhas na prestação de serviços da empresa a prefeituras do interior, notadamente no atendimento a pedidos de ligação de energia para residências e empreendimentos industriais.
Em resposta, o representante da Coelce, José Nunes Almeida, explicou que a empresa já adquiriu 600 transformadores e está trabalhando para duplicar o número de equipes em Fortaleza, o que deverá ocorrer entre 30 e 45 dias. Essas equipes devem atender a capital e a Região Metropolitana. Questionado sobre a ligação de energia para garantir o funcionamento de poços em localidades que sofrem com a seca, ele explicou que existem burocracias e trâmites que precisam ser seguidos antes da instalação.
José Nunes Almeida negou que haja problema na qualidade do serviço prestado pela Coelce e destacou que a tarifa aplicada no estado é uma das menores do Nordeste. Ele explicou, ainda, que a Coelce tem hoje 3,3 milhões de consumidores, 60% dos quais estão na capital e Região Metropolitana. Ele informou que os problemas que levaram às reclamações dos consumidores foram a perda de um fornecedor indiano, que faliu e deixou de atender de forma inesperada, além do descredenciamento de outras duas fornecedoras.
Jurandir Picanço, que também faz parte do Conselho de Consumidores da Coelce, destacou que o valor dos investimentos realizados pela empresa caiu nos últimos anos, embora a demanda tenha aumentado. Já Guaraci Aguiar
relatou as multas aplicadas à Coelce devido a falhas na prestação de serviços e afirmou que faltou planejamento porque existem consultores que fazem as previsões de crescimento.
Também participaram da audiência o diretor do Conselho de Consumidores da Coelce, Paulo Sousa Barbosa; o representante do Decon João Gualberto, entre outros.
JM/LF
Audiência debate problemas na prestação de serviços da Coelce
A Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia se reuniu nesta terça-feira (28/05), para buscar soluções para os problemas relatados por consumidores e empresas em relação ao atendimento pela Coelce no Estado. A reunião foi motivada pelo grande número de reclamações sobre o serviço e o não cumprimento de ligação de energia em empreendimentos empresariais e imobiliários, que passam meses à espera. Na ocasião, foi sugerido que a empresa assine um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), junto à Aneel e que as ações de melhoria nos serviços tenham prazos para serem realizadas.
A audiência foi requerida pelo deputado Fernando Hugo (PSDB), e contou com a presença dos deputados Lula Morais (PCdoB) e Carlomano Marques (PMDB); do diretor Institucional e de Comunicação da Coelce, José Nunes Almeida; do presidente do Conselho Diretor da Agência Reguladora de Serviços Públicos (Arce), Guaraci Aguiar; e do consultor da área de energia da Fiec, Jurandir Picanço.
Lula Morais ressaltou que a empresa é extremamente rentável. Segundo o parlamentar, só no ano passado, a Coelce registrou crescimento de 17,5% de lucro líquido, em relação ao faturamento. Ele questionou ainda se o valor de investimento diminuiu para preservar as remessas desses lucros para o exterior.
Em resposta, o representante da Coelce, José Nunes Almeida, explicou que a empresa já adquiriu 600 transformadores e está trabalhando para duplicar o número de equipes em Fortaleza, o que deverá ocorrer entre 30 e 45 dias. Essas equipes devem atender a Capital e Região Metropolitana. Questionado por uma pessoa que assistia à audiência sobre a ligação de energia para garantir o funcionamento de poços em localidades que sofrem com a seca, ele explicou que existem burocracias e trâmites que precisam ser seguidos antes da instalação.
José Nunes Almeida negou que haja problema na qualidade do serviço prestado pela Coelce e destacou que a tarifa aplicada no Estado é uma das menores do Nordeste. Ele explicou, ainda, que a Coelce tem hoje 3,3 milhões de consumidores, 60% dos quais estão na Capital e Região Metropolitana. Ele informou que os problemas que levaram às reclamações dos consumidores, foi a perda de um fornecedor indiano que faliu e deixou de atender de forma inesperada, além do descredenciamento de outras duas fornecedoras.
Jurandir Picanço, que também faz parte do Conselho de Consumidores da Coelce, destacou que o valor dos investimentos realizados pela empresa caiu nos últimos anos, embora a demanda tenha aumentado. Já Guaraci Aguiar afirmou que faltou planejamento porque existem consultores que fazem as previsões de crescimento.
Também participaram da audiência o diretor do Conselho de Consumidores da Coelce, Paulo Sousa Barbosa; representante do Decon, João Gualberto; dentre outros.
JM/LF