Para a socialista, foi sábia a escolha do assunto em um ano eleitoral. Em outubro, o eleitorado brasileiro escolherá novos prefeitos e vereadores. “É um alerta para que possamos promover um debate coerente e comprometido com a saúde pública”, considerou.

Eliane cobrou, no entanto, melhorias em setores como trânsito, saneamento básico e combate às drogas. Segundo ela, isso reduziria as estatísticas de superlotação e ineficiência de algumas áreas do sistema público de saúde em todo o País. “A saúde humana está intrinsecamente ligada ao bem-estar; às questões econômicas, culturais e espirituais”, pontuou.

Novais ponderou ainda sobre a necessidade de avanços no direito à educação, trabalho, meio ambiente sustentável, promoção da mulher, criança, idoso e direitos humanos. Ela lamentou o fato de o Sistema Único de Saúde (SUS) não funcionar na sua plenitude por enfrentar entraves de gestão e subfinanciamento.

A parlamentar disse que 80% das moléstias e mais de 1/3 dos óbitos nos países em desenvolvimento são causados pelo uso de água contaminada, e que R$ 745 milhões já poderiam ter sido economizados no Brasil em gastos com internação se o saneamento básico fosse universalizado. “São necessárias ações integradas a curto, médio e longo prazo”, frisou.

Em aparte, o líder do Governo na Casa, deputado Antonio Carlos (PT), endossou o elogio à campanha da CNBB e enalteceu o acesso de qualquer cidadão aos serviços do SUS. “Está caminhando para ser de qualidade. A campanha tem que ser encarada de forma a não cair no denuncismo, mas reconhecendo os grandes avanços. Não reconhecer os resultados importantes do SUS é a velha história de sacrificar o boi em vez de matar o carrapato”, ponderou.

O deputado Ferreira Aragão (PDT) considerou essencial o aumento de investimentos na saúde. “Não adianta pensar que o Brasil é a quinta potência econômica do mundo, se falta leito em UTI e remédio para quem tem doença mental”, comentou.
BC/AT