Perboyre Diógenes (PMDB) criticou a lei complementar. Segundo o parlamentar, o Ministério Público deveria ser mais cauteloso. “Nem tudo que é condenado é inelegível. Uma candidatura não pode ser seja indeferida quando ela é legal”, disse. O deputado questionou ainda sobre a aplicação da lei nas eleições deste ano.
Márcio Andrade Torres, procurador do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Ceará afirmou que as analises, nas eleições deste ano, serão feitas pelo promotor eleitoral de cada zona. “Confio no trabalho de todos os promotores que são capacitados e qualquer coisa os parlamentares podem procurar a corregedoria do Ministério Público Eleitoral”, apontou. Ele frisou que os trabalhos da Ficha Limpa feitos no ano de 2010 foram dirigidos da forma mais correta possível. “Sei que todos os nomes impugnados em 2010 tiveram fundamento”, defendeu.
O deputado licenciado Lula Morais (PCdoB) salientou que o debate sobre a Ficha Limpa deve ser permanente. “É uma importância indiscutível renovar sempre essa discussão. Precisamos raciocinar também que na lista das fichas sujas, nem todos são corruptos que querem meter a mão no dinheiro público”, frisou. A deputada Rachel Marques (PT), também salientou a importância de não condenar pessoas inocentes. “Essa lei precisa ser cumprida, mas sem injustiças”, afirmou.
O deputado Moésio Loiola (PSD) disse que os partidos políticos podem dar uma contribuição muito grande para o processo de seleção dos candidatos que irão concorrer às eleições. "São dois tipos de candidato: o que tem uma proposta boa e aquele que tem o voto, mas que pode ter dificuldades com a lei", considerou o parlamentar.
Já o líder do Governo na Casa, deputado Antonio Carlos (PT), levantou a questão dos limites do embate entre políticos de oposição e situação no período eleitoral. "Se um deputado estadual ou federal começa a repetir todo os dias uma crítica a uma administração, obviamente que aquilo também pode estar dentro da conotação de uma disputa política. Esse limite também é muito tênue", disse o petista.
Manifestaram-se ainda o bispo emérito de Limoeiro do Norte, dom Manuel Edmilson Cruz, e a dirigente do PSOL, Soraya Tupinambá. Eles destacaram a importância de ampliar os debates em prol de soluções dos problemas sociais e a conscientização dos partidos políticos contra a corrupção.
GM/CG