Para as entidades que lidam com a agricultura no semiárido, isso se deve em parte à infraestrutura implantada no campo, como cisternas, poços artesianos e adutoras, além do repasse de recursos emergenciais.

A nova linha de reportagem da Agência de Notícias da Assembleia Legislativa, intitulada “Pergunte aos Deputados”, estreia abordando esse tema, por escolha dos internautas. Da série de matérias que o assunto rendeu ao longo deste mês, a Agência AL mostrou a produção parlamentar de projetos que apontam soluções para o problema, que os deputados estaduais defendem ações de convivência com a seca e como governos Estadual e Federal têm unido esforços, executando políticas públicas de ações emergenciais para reduzir os impactos da seca.

Segundo o secretário de Política Agrícola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Ceará (Fetraece), Luiz Carlos Ribeiro de Lima, uma das principais iniciativas foi a criação do Comitê Integrado de Combate à Seca, que recebe e encaminha as demandas dos municípios que registraram perdas de safra devido à estiagem.

De acordo com Luiz Carlos, houve também agilidade na definição das políticas de socorro aos agricultores, no entanto ainda há gargalos que emperram a execução de algumas ações, como no caso da contratação de crédito emergencial.

A liberação das parcelas do Garantia Safra amparou os pequenos agricultores a tempo, segundo o representante da Fetraece. Contudo, ele explica que no caso da linha de crédito oferecida pelo Estado, embora a SDA já tenha garantido os aportes financeiros, como os bancos não estavam preparados para intermediar essa modalidade de crédito, ainda há dificuldade para que os agricultores recebam, de fato, o socorro.

Luiz Carlos reconhece ainda a importância do estímulo da palma forrageira, que garante a alimentação do rebanho no período seco, mas pondera que a política de incentivo a plantação ainda é insuficiente.
DA/LF