A data teve o reconhecimento oficial das Nações Unidas em março de 1999. Mas, antes disso, o dia 25 de novembro já era lembrado pelo movimento internacional de mulheres em homenagem as três irmãs ativistas políticas latino-americanas que foram brutalmente assassinadas pela ditadura de Leonidas Trujillo, na República Dominicana, em 1960.

De acordo com Rachel Marques, o objetivo do seminário é reforçar a importância e o fortalecimento das redes de proteção a mulher e mobilizar a sociedade para denunciar e defender as mulheres. “Apenas 10% dos municípios brasileiros dispõem de algum tipo de atendimento a violência contra a mulher. É necessário que as redes sejam ampliadas para que elas possam ter um atendimento específico e personalizado. No Brasil, cerca de 10 mulheres são assassinadas por dia”, lamenta a parlamentar.

O seminário terá duas mesas de debates, sendo uma com o tema Violência Contra a Mulher no Ceará, que será conduzida pela coordenadora do Observatório da Violência Contra a Mulher (Observem), professora Maria Helena Frota, e a delegada da Delegacia de Defesa da Mulher, Rena Gomes. Para debater sobre Ações Feministas para o Combate ao Machismo e a Violência de Gênero, foram convidadas representantes da Marcha Mundial das Mulheres e da Casa Chiquinha Gonzaga, Cineide Almeida.

O Ceará é o 22º estado do País em homicídios femininos e Fortaleza é a 16ª entre as capitais, com 76 mortes registradas até agosto deste ano. Os dados foram produzidos pelo Centro Brasileiro de Estados Latino-Americanos e pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais.
DF/LF