Você está aqui: Início Últimas Notícias Profissionais da educação física pedem mais valorização em audiência na Alece
Segundo o deputado Acrísio Sena, a valorização da categoria é estratégica, sobretudo após dois anos de pandemia, em um momento no qual a saúde da população em geral saiu abalada. Ele também pontuou que essa valorização deve acontecer de forma integralizada, desde a formação profissional até a questão salarial.
A elaboração de um projeto de indicação solicitando ao Governo do Ceará a abertura de vagas para profissionais da educação física em todas as escolas públicas do estado foi um dos encaminhamentos da reunião, bem como o pedido aos senadores cearenses para que votem a favor do projeto de lei 2486/2021, que dispõe sobre a regulamentação da profissão da educação física. A realização de novas audiências públicas – em Juazeiro do Norte e Sobral – para debater a valorização da categoria também foi proposta no debate.
O deputado Walter Cavalcante (PV) ressaltou a importância da presença do profissional de educação física nas escolas, não só no aspecto da educação, mas também da saúde. Ele também observou que a pandemia mostrou a necessidade de valorizar mais esses profissionais, uma vez que a atividade física é essencial na prevenção de doenças.
Conforme o presidente do Sindicato dos Profissionais de Educação Física do Ceará, Jean Vidal, o atual piso da categoria é equivalente ao salário mínimo, com uma diferença de apenas R$ 68 a mais. Ele ressaltou que, no interior, a situação é ainda mais precária, pois profissionais chegam a receber metade desse valor. Para Jean Vidal, o piso do educador físico deveria ser linear ao que hoje recebe um professor da educação básica, cerca de R$ 3.000.
Antônio Ricardo Catunda de Oliveira, do Conselho Federal de Educação Física, assinalou que a regulamentação da profissão é uma discussão necessária, pois traz uma maior segurança para a sociedade, além das condições de buscar ganhos para o profissional. “Trazendo essa valorização da categoria profissional, certamente teremos condições de fazer um atendimento de maior qualidade para a sociedade”, frisou.
Andréa Cristina da Silva, do Conselho Regional de Educação Física da 5ª Região, destacou que o educador físico representa a terceira maior categoria de profissionais da saúde, ficando atrás apenas dos profissionais de medicina e enfermagem. “Precisamos que gestores públicos e demais empresários entendam o valor de ter um profissional bem qualificado e, para ser bem qualificado, ele precisa ser bem remunerado”, defendeu.
A professora Maria Aldeísa Gadelha, coordenadora do curso de Educação Física da Estácio FIC, questionou o porquê da diferença salarial entre os professores da educação básica e os professores de educação física. Ela também reforçou que valorização não é só salário, mas também estrutura, equipamentos e condições de trabalho.
Também participaram do debate o educador físico Bruno Alves Batista, representando o deputado federal André Figueiredo (PDT-CE); o superintendente do Centro de Formação Olímpica, Adriano Loureiro, e o coordenador do curso de Educação Física da Fametro, Jurandir Cavalcante.
BD/CG