Você está aqui: Início Últimas Notícias Fórum Conecta debate sobre meios de identificação de dores crônicas
O Fórum Conecta é uma iniciativa do Conecta Ceará, projeto do Comitê de Responsabilidade Social (CRS) da Assembleia Legislativa (Alece) e da Escola Superior do Parlamento Cearense (Unipace).
Leonardo Lima Aleixo, mestrando em Saúde Coletiva pela Universidade de Fortaleza (Unifor), iniciou a apresentação do tema “Uso das práticas integrativas e complementares em saúde para o tratamento das dores crônicas”. A palestra aprofundou o assunto da dor crônica, tratado no webinar “Dor e funcionalidade sob o olhar da Fisioterapia” do Conecta Ceará desta terça-feira (17/05).
Integrante do Ambulatório da Dor do curso de Fisioterapia da Unifor, Leonardo Aleixo explicou que a dor crônica é definida como uma dor que causa bastante sofrimento, interfere na funcionalidade diária e, muitas vezes, é acompanhada de angústia.
De acordo com ele, esse tipo de dor é classificada em dois tipos: primária, que se localiza em uma ou mais regiões do corpo e persiste por mais de três meses, e secundária, que é sintoma de alguma outra doença. Como exemplo de dores crônicas primárias, ele citou a fibromialgia, a enxaqueca crônica, a disfunção temporomandibular (DTM) e a síndrome do intestino irritável. Já as dores secundárias são aquelas provocadas por câncer ou seu tratamento, causadas por cirurgias ou pós-traumáticas, osteoartrite e Parkinson.
Durante a palestra, Leonardo apresentou casos clínicos para que os participantes do fórum pudessem identificar o tipo de dor apresentada: nocipetiva, que tem como causa um trauma, fratura ou cirurgia; neuropática, decorrente de danos nos nervos sensitivos, ou nociplástica, causada por uma interpretação exacerbada da dor pelo organismo.
O fisioterapeuta também exibiu alguns questionários utilizados para avaliar a dor crônica do paciente, como o “painDETECT”, que busca avaliar como a dor tem se manifestado nas últimas 24h e, em um segundo momento, nas últimas quatro semanas. Já um outro tipo de questionário trata da periodização das crises, se são baixas com intervalos longos ou altas com intervalos curtos, por exemplo.
Aleixo abordou ainda a questão da cinesiofobia – o medo de reincidir a lesão por conta do movimento. “Existem várias perguntas que vão investigar se o paciente tem receio de voltar com a prática de atividade física, se ela pode ser maléfica ou benéfica para ele. São perguntas para identificar se existe um quadro clínico mecânico nessa situação ou um medo de reincidir a lesão”, explicou. Ele acrescentou ainda que, se tiverem sido feitos os protocolos adequados para o tipo de mecanismo específico da dor, o paciente provavelmente vai entender que pode se movimentar e não precisa ter medo.
Na próxima quarta-feira (25/05), na segunda parte do fórum “Uso das práticas integrativas e complementares em saúde para o tratamento das dores crônicas”, Leonardo adiantou que serão discutidas quais práticas integrativas são regulamentadas no Brasil e que tipo de abordagens podem ser utilizadas pelo terapeuta holístico frente a um paciente com dor crônica.
FÓRUM CONECTA
A primeira fase do Fórum Conecta tem como parceiro o Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Alece. O projeto se soma ao webinar do Conecta Ceará, que acontece às terças-feiras, e aborda temáticas relacionadas aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e à promoção de políticas públicas.
BD/CG