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Terça, 17 Mai 2022 20:08

Papel da fisioterapia no combate à dor é debatido em webinar do Conecta Ceará

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Papel da fisioterapia no combate à dor é debatido em webinar do Conecta Ceará Foto: Divulgação AL
O manejo da dor e a recuperação da funcionalidade por meio da fisioterapia foram discutidos nesta terça-feira (17/05), em mais um webinar do projeto Conecta Ceará, iniciativa do Comitê de Responsabilidade Social (CRS) da Assembleia Legislativa (Alece) e da Escola Superior do Parlamento Cearense (Unipace).

A ação tem como parceiro o Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Alece. O diretor do departamento, Luis Edson Correa Sales, parabenizou os idealizadores do projeto pela divulgação de informações e orientações sobre temas relevantes e atuais para a sociedade. “Estou satisfeito de ver a Alece usar esse canal para atender toda a população cearense, não só servidores e servidoras, mas todos os municípios do Estado”, afirmou.

O orientador da Célula de Fisioterapia do DSAS, Márcio Adriano, ressaltou que a fisioterapia tem buscado seguir os principais valores defendidos pela idealizadora do CRS e primeira-dama da Alece, Cristiane Leitão: olhar humanizado, inclusão e ações sistêmicas. Ele também assinalou que a dor afeta grande parte da população e é o fator que mais leva o paciente a buscar o atendimento de um fisioterapeuta.

DOR E SUBJETIVIDADE

Na palestra “Dor e funcionalidade sob o olhar da Fisioterapia”, a servidora da Célula de Fisioterapia do DSAS Luciana Andrade explicou que a dor pode ser classificada como aguda, quando ela é pontual, ou crônica, quando se estende por mais de três meses. Ela também apontou como a dor pode impactar na qualidade de vida do indivíduo, por estar associada com a sua produtividade e suas relações interpessoais, uma vez que ela é capaz de alterar nosso humor.

Luciana elencou três tipos de dor no contexto biológico: a dor nocipetiva, que tem como causa um trauma, fratura ou cirurgia; a dor neuropática, que é a dor crônica decorrente de danos nos nervos sensitivos do sistema nervoso central e/ou periférico, e a dor nociplástica, que, segundo ela, é mais difícil de tratar, pois se trata de uma interpretação exacerbada da dor pelo organismo, geralmente com um fundo emocional importante.

A fisioterapeuta também pontuou que a dor é subjetiva e varia de pessoa para pessoa, impossibilitando, assim, a existência de um “tratamento padrão”. Segundo ela, é fundamental considerar o homem como ser biopsicossocial, cujo tratamento requer uma abordagem abrangente, não focada apenas no eixo biológico da dor, mas também em aspectos físicos, psicológicos e sociais. “A gente diz que vai dar alta a um paciente e, no dia seguinte, ele aparece com uma dor nova, porque não quer ir embora. Ele precisa daquele espaço de troca, de contato físico. Então eu tenho muito, na Fisioterapia, esse olhar psicológico e social”, comentou.

Luciana abordou ainda a relação entre dor e Covid-19, acentuando que, para além da cadeia inflamatória que se processa no corpo, com repercussões respiratórias e sistêmicas, pacientes com a doença também relatam queixas de fadiga, dores articulares e alopecia. Conforme a fisioterapeuta, o cenário de estresse intenso e elementos como isolamento social e sobrecarga de atividades domésticas favoreceram o aumento da dor crônica na pandemia.

RECUPERAÇÃO DA FUNCIONALIDADE

Camila Silva Carvalho, graduanda em Fisioterapia e integrante do Ambulatório da Dor da Universidade de Fortaleza (Unifor), salientou a importância da escuta acolhedora na conversa inicial com o paciente, para entender o contexto no qual o paciente está inserido, que pode também estar interferindo e aumentando a dor.

Camila frisou que, comparado a outras formas de tratamento, o exercício promove melhora significativa da capacidade funcional do indivíduo. Ela compartilhou que, no Ambulatório da Dor, busca-se combater a cinesiofobia, que é o medo de praticar a atividade física e sofrer com a reincidência da lesão. “O nosso objetivo maior não é que o paciente saia do atendimento sem dor. Eu preciso que ele retorne para a vida dele com a maior funcionalidade possível, e essa funcionalidade vai vir à tona por meio de exercícios”, afirmou.

Também graduanda em Fisioterapia e integrante do Ambulatório da Dor da Unifor, Ingrid Queiroz Leal reiterou que o paciente com dor crônica precisa de um olhar minucioso. Segundo ela, há diversos fatores que podem influenciar na dor, sendo preciso observar o que o paciente traz de bagagem que pode estar exacerbando essa dor. “É pegar todo o histórico clínico e familiar, as limitações, tudo minuciosamente para que você construa um tratamento em cima daquilo, e não só da dor no ombro”, exemplificou.

CONECTA CEARÁ

O projeto Conecta Ceará, idealizado pela primeira-dama da AL e líder do Comitê de Responsabilidade Social da Casa, Cristiane Leitão, objetiva conectar os municípios cearenses com debates sobre temas relevantes alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Lançado no último dia 15 de março, a iniciativa ocorre por meio de uma série semanal de seminários on-line.

BD/CG

Informações adicionais

  • Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
  • E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
  • Twitter: @Assembleia_CE
Lido 725 vezes Última modificação em Quarta, 18 Mai 2022 13:46

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