Você está aqui: Início Pronunciamentos Ordem do Dia Roseno critica mudança de foco do debate nacional e acirramento da intolerância
De acordo com o parlamentar, o Brasil enfrenta hoje a crise econômica mais aguda da história, com cerca de 14 milhões de desempregados, recessão nos anos de 2015 e 2016, que levou o País a um avanço no processo de "desindustrialização", reformas trabalhista e previdenciária, culminando com o aumento da desigualdade social. Segundo o deputado, mesmo diante de tudo isso, esses setores insistem em promover um debate sobre escola sem partido e ideologia de gênero, levando a sociedade brasileira a mais intolerância. "São pessoas que não têm apreço à democracia e à diversidade", afirmou.
Renato Roseno disse que a Constituição Brasileira garante a liberdade de expressão, mas hoje se quer até censurar a arte. “O Brasil enfrenta um momento de desmonte econômico, e o debate que esses setores defendem é da intolerância, gerando medo nas pessoas”, pontuou.
Para o parlamentar, a fé das pessoas não pode ser usada como instrumento para esse “debate do retrocesso, reacionário”. A liberdade de pensamento, alertou o deputado, é de 1934 e, ao que parece, estão querendo voltar ao passado. "Até os tribunais estão sendo tomados por essa onda fundamentalista, conservadora", declarou.
O parlamentar repudiou o que chamou de agenda diversionista, que está tirando o foco da política, e garantiu que não existe ninguém querendo ensinar orientação sexual nas escolas, que isso é uma fantasia para tirar a população do debate da política e da economia.
Renato Roseno lamentou o fato de pessoas terem sido barradas na entrada de audiência pública da Assembleia Legislativa, na semana passada, só porque tinham uma posição contrária ao projeto de lei da Câmara Federal que estava em discussão na Casa sobre a escola sem partido, e que, inclusive já recebeu uma posição de inconstitucionalidade da Advocacia Geral da União (AGU).
Segundo o deputado, esse clima só gera mais intolerância entre as pessoas e o que "não pode ser tolerado é a intolerância". “A quem interessa a guerra cultural nesse momento que antecede a guerra eleitoral de 2018? Estão debatendo alternativas para o País ?”, questionou ele.
Renato Roseno defendeu um debate aberto para preservar a democracia, o respeito à diversidade e ao pensamento de quem pensa diferente e pelo não retrocesso. "O nosso desafio é lutar por uma sociedade livre, justa e democrática", afirmou.
WR/CG